‘Dreadlocks’ da procuradora da República, Gisele Bleggi, causa euforia nas redes sociais
‘Jeito Bleggi de ser’ também denuncia a ‘intolerância” por parte de internautas. Foto: Reprodução
Em meio aos manifestantes que insistem continuar com atos antidemocráticos em Rondônia, uma mulher com as seguintes características: corpo esguio, aproximadamente 1,70 metros, e um estilo próprio tem roubado a atenção, e inclusive, tirando do foco as ações criminosas que envolvem os atos contra constituição.
Na sexta-feira, (04), após ter sua imagem replicada nas redes sociais, captada pelos próprios manifestantes, a procuradora da República do Ministério Público Federal (MPF-RO), Gisele Bleggi passou a compor o seleto e perigoso mundo dos ‘holofotes’.
Em um dos vídeos Bleggi tenta apaziguar o tumulto e convencer índios que se uniram aos bolsonaristas, na região de Vilhena para que cessassem o bloqueio da Br-364 e partir em retirada, mas em um determinado momento a procuradora acabou vaiada por eles. Ainda assim, Gisele mostra que não se deixa intimidar pelos simpatizantes do presidente derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro.
O problema é que junto com os vídeos, muitos deles depreciativos, acompanha uma enxurrada de comentários (xenófobos, preconceituosos que margeiam a intolerância). Em uma das cenas, a procuradora tem suas roupas e cabelos no bom estilo ‘dreadlocks’ apontados por uma gama de internautas.
Dre escreveu: “de que filme ela saiu”?
Outro rapaz diz em seguida. “Não vou comentar, eu ainda não tenho OAB”.
Em meio aqueles internautas que criticam, existem outros tantos por lá que aprovaram o look ‘Gisele Bleggi ser’. “Essa mulher é linda. Ninguém curte, tá, minha mulher pode ver”, diz dum22097.
Bleggi também foi comparada a cantora inglesa Amy Winehouse, morta em (2007). Até vídeo com a trilha sonora ‘Back to Black’, um dos maiores sucessos de Amy foi feito em homenagem a procuradora.
No currículo da procuradora do MPF revela que Gisele Bleggi é graduada em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, com especialização em Direito processual e mestrando em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça pela Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Bastante atuante, Bleggi está sempre a frente de causas relacionadas aos crimes ambientais e dos direitos dos povos indígenas de Rondônia e da Amazônia. O MPF foi contactado para um posicionamento quando aos ataques a procuradora, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno.
De fato, a ‘intolerância’, aliada a falta de respeito ao próximo são palavras que infelizmente caminham no Brasil atual, um país em que 58 milhões de brasileiros gritam quase que sufocadamente por ‘intervenção militar’, buscam o retorno de um cenário macabro que adormece nas memorias de milhares de famílias, famílias essas que perderam filhos, parentes, amigos da vida e do trabalho em meio a um regime militar que provocou um verdadeiro caos deixando o Brasil miseravelmente na bancarrota.