Anderson Silva aceita punição e pode voltar em novembro

Sem lutar desde fevereiro do ano passado, quando derrotou Derek Brunson no UFC 208, Anderson Silva pode estar próximo de uma liberação para voltar o octógono. Isto porque o brasileiro recebeu uma suspensão de um ano da USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) por testar positivo em um exame antidoping realizado antes da luta que faria contra Kelvin Gastelum no UFC Xangai, no final de 2017. O órgão considerou que o teste do "Spider", coletado em 26 de outubro do ano passado, veio de um suplemento contaminado. Na ocasião, o brasileiro testou positivo para metabólitos de metiltestosterona e hidroclorotiazida. A notícia foi relatada pela ESPN e, posteriormente, anunciada pela USADA. Os suplementos contaminados vieram de uma farmácia brasileira de manipulação. A farmácia, que preparou o suplemento do lutador, não tinha nenhuma das substâncias proibidas listadas no rótulo do suplemento. A USADA realizou testes independentes, por meio de um laboratório credenciado pela WADA (Agência Mundial Antidoping), em Salt Lake City (EUA), e confirmou que havia metiltestosterona e hidroclorotiazida no produto que Anderson recebeu. Desta forma, a suspensão de Anderson Silva é retroativa do dia 10 de novembro de 2017, dia em que seu período de elegibilidade de um ano começou. Sendo assim, o ex-campeão dos médios poderá retornar ao octógono após o dia 10 de novembro deste ano. - Me sinto vingado. Os últimos nove meses foram extremamente difíceis. Eu senti que minha carreira e tudo pelo que eu trabalhei tão duro estava morrendo e meu futuro estava na balança. Eu sabia, em meu coração, que não havia feito nada de errado e cooperado plenamente com a USADA durante a investigação para provar isso. Hoje tenho uma energia renovada. Meu legado é restaurado. Eu posso me concentrar em voltar ao ringue e no próximo capítulo da minha vida depois de lutar - disse o Spider em comunicado enviado à ESPN. Esta não é a primeira vez que o ex-campeão dos médios tem problemas com exames antidoping. Em janeiro de 2015, antes da parceria do UFC com a USADA, Anderson falhou em um teste de drogas para os esteróides drostanolone e androsterone em um teste realizado para sua luta contra Nick Diaz, no UFC 183. Na ocasião, o lutador foi suspenso pela Comissão Atlética de Nevada por um ano.