30/04/2024 17:06h - Rondônia - Geral

A difícil sina dos rondonienses para voar: O que era ruim ficará péssimo!

Artigo de opinião por Victoria Bacon

A compra da Gol pela Azul apenas vai beneficiar os credores. A Azul vai receber meia dúzia de aviões bons, os Boeing 737, a joia da coroa da aviação civil comercial, e um monte de sucatas. Isso que interessa para a Azul, os Boeing 737 e nada mais. Rondônia, com certeza será o estado mais prejudicado, pois com certeza absoluta, a Azul vai cortar vários voos da Gol e remodelar a malha viária para compensar os milhões de dólares da compra da Gol. Outra coisa que vai acontecer: O aumento das tarifas (preço das passagens) e isso é visto como certo pelo mercado de aviação civil comercial. Em suma, a potencial fusão entre Gol e Azul pode remodelar o mercado de aviação no Brasil, impactando stakeholders de várias maneiras. Uma coisa é certa: Rondônia será impactada para/pelo pior. A Gol tem dívidas que ultrapassam 20 bilhões de dólares, ou seja, está ainda operando por milagre. A situação é tão complicada que a diretoria executiva da empresa aérea não está pagando ninguém. A Gol é a terceira empresa aérea com a maior fatia dos voos em Rondônia, seguidos de Latam e Azul. A Azul, para pagar a conta da compra da Gol, vai precisar aumentar a tarifa e reduzir voos em alguns lugares e aumentar em outros. O presidente da Azul, Abhi Shah, disse em entrevista que "a possível aquisição da Gol dará à Azul o controle do setor de transporte aéreo nacional, tendo em vista que ambas as empresas têm presenças distintas no país. A Azul é conhecida pela presença em voos para o interior e em cidades de médio porte do Brasil, enquanto a Gol concentra suas operações principalmente nos grandes centros com rotas entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Se com a Gol estava difícil a vida dos rondonienses para voar, imagina sem ela e com a presença massiva da Azul no domínio aéreo comercial rondoniense?

Fonte: Victoria Bacon

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