23/01/2023 16:40h - Porto Velho - Geral

Espécie de tatu mais rara do mundo é flagrada por morador na área urbana de Porto Velho

Morador registrou o momento em que um tatu-gigante passava pelas ruas do bairro Vila Dnit. Biólogo Flávio Terassini explica que o animal pode chegar a até 100 kg e que o registro dele é raro. Foto: Reprodução

Um tatu-canastra, espécie ameaçada de extinção, foi flagrado por um morador do bairro Vila Dnit em Porto Velho. O biólogo Flávio Terassini conta que o bicho pode chegar até 100 kg e que o registro do animal não é comum. Tatuaçu ou tatu-gigante, como também é conhecido o tatu-canastra, é o maior e mais raro dos tatus existentes no mundo. O vídeo que mostra o animal adulto em uma rua da Vila Dnit foi feito por um morador na última semana. "Ele apareceu aqui, já era de noite e estava tentando entrar nas residências. Depois que a gente filmou, a gente foi cercando até ele seguir o seu destino em uma mata aqui perto do conjunto", diz. Tatu-gigante Ao g1, o biólogo Flávio Terassini explicou que o tatu-canastra pode percorrer grandes distâncias territoriais e que sua aparição em áreas urbanas é rara. "É um bicho que gosta de ficar mais restrito na floresta, em uma área mais preservada. Se ele veio para a área urbana quer dizer que próximo das casas há uma preservação da floresta. Pode ser que ele estivesse procurando uma parceira que liberou algum cheiro ou até mesmo procurando alimento". A melhor forma de devolver o animal ao seu ambiente de mata, diz Terassini, é fazer uma espécie de cercado com um dos lados abertos para que o tatu seja guiado ao seu destino. "Ele tem seu deslocamento facilitado. Duas, três pessoas cercando ele conseguem levá-lo para uma floresta sem precisar da captura, pois a captura gera muito estresse para o animal e ele pode morrer". Hospedeiros naturais da doença de Chagas Terassini ainda ressalta que, apesar de não ser um transmissor natural de doenças para os seres humanos, a carne do tatu não deve ser consumida pelo risco de contaminação por protozoários. "É importante que as pessoas não matem e nem se alimentam do tatu, pois pesquisas aqui na Amazônia e no Brasil mostram que os tatus são hospedeiros naturais da Doença de Chagas e também dentre outras a da Leishmaniose. São protozoários que estão no sangue do tatu. Isso não quer dizer que o animal vai transmitir a doença, mas se entrar em contato com o sangue do tatu, a pessoa pode sim pegar a Doença de Chagas". Por Jheniffer Núbia / g1

Fonte: G1

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