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04/08/2021 09:20h - Vilhena - Geral

Histórias de superação e sucesso mostram crescimento da pecuária em Rondônia

Criação de gado de corte em confinamento.

Busca pela produtividade, investimento em tecnificação, processos de sucessão em andamento e foco nos resultados econômicos, além de histórias de superação, luta e sucesso, caracterizam a pecuária de Rondônia, que concentra quase 13 milhões de bovinos de corte. Este é o retrato colhido pela expedição Confina Brasil, da Scot Consultoria, que visitou várias propriedades do estado. Dois exemplos de profissionalismo são dados pelo Confinamento Delta, de Vilhena. O proprietário confina 5 mil cabeças, especialmente Nelore e F1 Nelore/Angus, utiliza modernas práticas de gestão e tem boa infraestrutura. "O processo de sucessão está em andamento, com a entrada dos filhos no negócio. Numa outra frente, o confinamento contribui para liberar área para a agricultura, atividade que está recebendo altos investimentos", informa o médico veterinário Bruno Alvim, técnico do Confina Brasil. O Confinamento Monte Cristo também tem estrutura muito boa. O cuidado com o bem-estar animal é destacado, assim como o padrão genético do gado Nelore. "A propriedade está reduzindo investimentos em recria para se voltar à cria, com a formação de plantel de 15 mil fêmeas. A equipe é profissional e bem preparada. O avanço da agricultura também está nos planos dos Irmãos Soares", complementa Alvim. A pecuária de Rondônia também reúne grandes projetos de confinamento, como a Fazenda Juliana, de Chupinguaia. A capacidade estática é para 43 mil animais, o que torna a propriedade um dos maiores confinamentos do Brasil - em dois giros, são terminados mais de 80 mil cabeças. A fazenda também produz grãos (soja e milho) em 8 mil hectares. "O grande número de animais faz com que a reposição envolva animais de várias idades e diversidade genética. Isso impacta diretamente o tempo que os animais ficam no cocho, pois os mais jovens necessitam crescer antes de engordar, fazendo com que a terminação seja mais longa", informa o médico veterinário Olavo Bottino, técnico do Confina Brasil. Bottino destaca que o confinamento utiliza 2,15 milhões de litros de água por dia, volume suprido por um sistema de bombeamento extremamente eficiente, composto por 16 rodas d'água em degraus. Mais um exemplo de sucessão ocorre na Fazenda São Domingos, de Maércio Sartor, agrimensor que foi para Rondônia com a missão de medir as glebas no período de colonização do estado. "A propriedade é atualmente gerida pelo filho Daniel Sartor, para quem o segredo de uma boa gestão é ter boas pessoas e valorizá-las", explica Olavo Bottino. O gerente Guilherme, agrônomo atento aos detalhes e dedicado à operação da fazenda, tem a tranquilidade para fazer a administração geral, focando na gestão de risco da produção, insumos, animais e mercado de produtos agrícolas. A São Domingos tem produção própria de grãos e a atividade de confinamento na modalidade de prestação de serviço. A preocupação com o manejo dos animais é destaque no Confinamento GM, em Corumbiara. O capataz Jair, há mais de 20 anos na fazenda, faz questão de manter a tradição dos bois sinuelos - animais treinados para amadrinhar os novatos que chegam na fazenda. A propriedade tem capacidade estática para 10 mil animais e mais 15 mil cabeças em semiconfinamento nas áreas de ILP (Integração-Lavoura-Pecuária). "Parte dos animais terminados no confinamento é criada pelo próprio grupo e garante a produção dos animais 1/2 Angus para uma marca de carne premium", informa o médico veterinário Felipe Dahas, coordenador do Confina Brasil. A estrutura e o padrão de animais, além do cuidado com a dieta, são diferenciais do confinamento de Josélio Andreatta, em Colorado D'Oeste. "A propriedade, com capacidade estática para 1 mil cabeças e que existe há dois anos, é tocada pelo próprio dono e familiares. É uma operação enxuta, mas que rende bons resultados", destaca Olavo Bottino. "O senhor Josélio também compra e vende animais de reposição e, com isso, está sempre bem informado, acompanhando de perto as oportunidades de compra. O gado é anelorado, porém, observamos a utilização de F1 Angus x Nelore e F1 Murray Grey x Nelore, que nos chamou atenção pela qualidade similar ao F1 angus", complementa Bottino. O Confinamento Alto Bonito, de Ronivelto Foss, em Colorado D'Oeste, roda o ano todo. "O proprietário trabalha com o sistema de boitel, em sistema de parcerias e diária. A maior lotação ocorre no período da seca. A capacidade estática é para 5.000 cabeças, mas o plano é expandir para 9.000 animais", informa Felipe Dahas. "Para nós, está aí mais uma história de sucesso, uma marca da pecuária de Rondônia. O Sr. Ronivelto chegou ao estado sem recursos e estudou no colégio agrícola de Colorado D'Oeste. Seu primeiro emprego foi na limpeza de áreas para pecuária e lavoura. Depois, seguiu para o comércio de produtos agropecuários, chegando a ser responsável por revendas na região. Há quatro anos, investe em seu negócio próprio de confinamento, acompanhando de perto o passo a passo da fazenda", diz Dahas. Mapeamento do confinamento bovino no país - Em sua segunda edição, a expedição Confina Brasil viaja por 11 estados, com a visita a 120 propriedades, e atualiza, de forma remota, os dados dos confinamentos visitados em 2020, totalizando a pesquisa em 14 estados. O estudo contemplará informações de propriedades responsáveis pela terminação de mais de 2 milhões de bovinos em confinamento. A equipe é formada por engenheiros agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas da equipe da Scot Consultoria, todos especialistas em pecuária e preparados para coletar os dados e interpretá-los com o olhar na evolução constante da atividade.

Fonte: Assessoria

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