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30/06/2022 10:41h - Brasil - Geral

Nova presidente da Caixa já foi vítima de violência doméstica

Nova presidente da Caixa, Daniella Marques foi vítima de violência doméstica - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Nova presidente da Caixa, Daniella Marques já foi vítima de violência doméstica cometida por um ex-companheiro em 2019. As informações são do blog de Andréia Sadi no G1. Daniella assume o comando do banco no lugar de Pedro Guimarães, que deixou o cargo na noite da última quarta-feira (29) após ser alvo de diversas denúncias públicas por assédio sexual contra funcionárias. A nova presidente repete, nos bastidores, que a luta das mulheres “não é pauta da esquerda e nem da direita”. Ela própria protagonizou uma batalha para conseguir medidas protetivas contra um ex-companheiro há três anos. Na ocasião, após ser alvo de violência doméstica, denunciou o suspeito à polícia. O inquérito, porém, foi arquivado pela Justiça. Em 2020, o acusado entrou com petição sigilosa contra Daniella. “Hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher”, disse a defesa da presidente em nota ao blog de Sadi. Para apurar as denúncias feitas contra Guimarães, a nova líder da empresa pretende montar uma força-tarefa. Caso sejam comprovados casos de assédio, Daniella promete “fazer uma limpa” nos responsáveis pelos abusos e naqueles que acobertaram os episódios. A saída de Guimarães Segundo publicado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a oficialização do pedido de demissão de Guimarães ocorreu durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) através de uma carta. As acusações contra Guimarães foram reveladas inicialmente pelo portal Metrópoles. De acordo com as vítimas ouvidas pela reportagem, o assédio sempre se dava por "toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos". Após a revelação do caso, aliados de Bolsonaro entenderam que o caso poderia afetar o presidente, em especial pela relação próxima entre Bolsonaro e Guimarães. Outra preocupação era com a aderência de Bolsonaro no eleitorado feminino, que rejeita majoritamente o presidente da República. A pressão acontecia tanto por parte da ala política quanto da ala econômica. Jair Bolsonaro e Pedro Guimarães são bastante próximos. O presidente da Caixa Econômica Federal costuma acompanha Bolsonaro em viagens e participar de lives. Ele chegou a ser cotado para ser vice do presidente na campanha de reeleição.

Fonte: YAHOO

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