12/06/2025 14:13h - Ji-Paraná - Geral

Vivendo um dorama: amor entre rondoniense e coreano encanta a web

Hadassa e Seomun se conheceram através das redes sociais. Hoje, os dois compartilham momentos curiosos da rotina de um casal nada convencional - Foto: Reprodução/acervo pessoa

Um casal está vivendo um verdadeiro dorama da vida real: se casaram, mesmo com todas as diferenças culturais, e uniram as tradições coreana e brasileira em Ji-Paraná (RO). Hadassa e Seomun viralizaram nas redes sociais ao compartilhar momentos curiosos da rotina. O casal contou que o primeiro contato aconteceu pelas redes sociais, em 2021, quando Seomun estava de passagem por São Paulo. Eles acabaram se conectando por uma coincidência: eram fãs da mesma loja de calçados e descobriram isso através de um story repostado. Por coincidência (ou destino), a paixão por calçados acabou aproximando os dois de forma inesperada. "Aí ela veio me mandar mensagem para perguntar como que era a qualidade dos produtos, porque eu tinha comprado nessa época um tênis na loja do meu amigo chinês", relembra Seomun. A conversa começou de forma casual, mas logo se transformou em algo mais profundo. Mesmo separados por mais de 2.600 km, Hadassa em Rondônia e Seomun em São Paulo, a conexão cresceu. "Aí com o tempo a gente começou a se importar mais um pelo outro, aí que começamos a nos apaixonar", revelou o casal. Com o coração decidido, Seomun trocou o Sudeste pelo Norte e se mudou de vez para Rondônia. Hoje, o casal compartilha momentos juntos assistindo doramas e explorando sabores típicos no interior do estado. "Eu gostei muito do jeito dos rondonienses, eles são muito acolhedores, principalmente minha esposa. Também com o tempo eu comecei a gostar muito, principalmente pela carne que é muito gostosa, o churrasco", brincou Seomun.
Filho de pai coreano e mãe peruana, Seomun já carregava em casa o exemplo de um casal intercultural. Mesmo assim, viver um relacionamento com tantas diferenças exigiu paciência e bom humor. Nas redes sociais, os dois compartilharam o momento em que se viram pela primeira vez e perceberam, na prática, que até o modo de cumprimentar muda de país para país (assista acima). Segundo Hadassa, a comunicação também foi um dos principais desafios no início do relacionamento. "No começo do nosso namoro foi muito difícil a comunicação. Ele não falava o português tão bem quanto fala hoje. E às vezes eu tentava falar alguma coisa, ele entendia errado, achava que era um insulto. E até eu explicar toda a situação pra ele, aí tudo voltava ao normal, a gente se entendia", contou Hadassa. O clima de Rondônia também foi um choque para Seomun. "O que eu achei diferente, com certeza, foi o clima, muito calor, eu não conseguia me acostumar nos primeiros dias", relembrou. Além do idioma e do calor amazônico, o casal ainda compartilha as descobertas do cotidiano: o uso de chinelo no banho, o tempero do feijão, a tradição do café forte e a maneira descontraída dos brasileiros em se expressar. A diferença cultural também foi sentida pela Julie, a cadelinha de estimação de Hadassa. Quando ela conheceu Seomun, o encontro não foi dos mais amigáveis. Ela estranhou o novo "pretendente" da tutora e evitava se aproximar. Porém, com o tempo, aceitou Seomun como novo tutor e criou um laço especial com ele. "Ela não gostou dele no começo, não queria nem chegar perto. Mas depois aceitou a ideia de que ele seria o novo papai dela. Hoje, todo dia, seis horas em ponto, ela espera ele chegar do trabalho com a bolinha na boca", conta Hadassa. Em um dos vídeos mais emocionantes publicados pelo casal, Julie aparece mostrando a bolinha para Seomun e encostando a testa na dele, um gesto que, segundo Hadassa, é reservado apenas para quem ela ama de verdade (veja acima). "Quando fiz esse vídeo, chorei de tanta fofura. Ela encosta a testa nele segurando a bolinha. Ela só faz isso com quem tem muito carinho." A conexão é tanta que Julie vai acompanhar o casal na primeira viagem internacional da família, com tudo preparado: documentos, vacinas e até a bolsinha de transporte. "É o nosso xodó. Não pode faltar. Se ela não tá em casa, tá na vovó. Mas o apego mesmo é com o papai." Por Amanda Oliveira, g1 RO

Fonte: G1

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