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09/01/2020 07:55h - Irã - Mundo

Boeing da Ucrânia pegou fogo antes da queda que matou 176 pessoas

Aeronave tentava contato com aeroporto antes do acidente - Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS - 8.1.2020

O Boeing 737 da Ukraine International Airlines (UIA) acidentado perto de Teerã sofreu um incêndio antes de cair, causando a morte das 176 pessoas que estavam a bordo, segundo o relatório preliminar da Agência de Aviação Civil do Irã. Com base em testemunhas do acidente, tanto pessoas em terra como tripulantes de outros voos, o relatório afirma que foi observado um incêndio na aeronave e que a explosão subsequente ocorreu devido à colisão com o solo. A Agência de Aviação Civil do Irã disse que o avião se dirigiu inicialmente para oeste e, "após a ocorrência do problema, virou à direita e no momento do acidente estava em rota de regresso ao aeroporto" internacional da capital iraniana. A aeronave desapareceu dos radares a uma altitude de 8.000 pés, de acordo com o relatório, que detalha que "nenhuma mensagem de rádio do piloto foi recebida em circunstâncias incomuns". Em relação às caixas pretas, a agência informou que elas foram "danificadas" pelo acidente e o incêndio do avião, que fazia o trajeto de Teerã a Kiev. Como a tragédia coincidiu com o ataque de mísseis do Irã contra uma base militar no Iraque com a presença de tropas dos Estados Unidos, começaram a surgir especulações sobre se o avião tinha caído acidentalmente. Na quarta-feira (8), o governo de Kiev se manteve cauteloso sobre as causas do acidente e o presidente do país, Vladimir Zelenski, pediu "com veemência que todos se abstenham de especular e lançar hipóteses não contrastadas até a divulgação de informações oficiais sobre a catástrofe". O porta-voz do Exército iraniano, Abolfazl Shekarchi, rejeitou nas últimas horas que um míssil tenha abatido o avião e descreveu a informação como "ridícula" e "uma mentira absoluta". Um grupo de peritos ucranianos deverá participar da investigação do incidente e ajudar a identificar as vítimas. De acordo com a companhia aérea ucraniana, 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos estavam no avião, embora as autoridades do Irã tenham contado 146 iranianos ao considerarem pessoas com dupla nacionalidade.

Fonte: EFE

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