12/05/2025 17:43h - Internacional - Mundo

Bolsas de Nova York disparam após acordo entre China e EUA sobre tarifaço

Durante 90 dias, as taxas "recíprocas" sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%; já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10% - Foto: Divulgação

Os principais índices de ações dos Estados Unidos operam em forte alta nesta segunda-feira (12), por causa do acordo que o país estabeleceu com a China para reduzir o tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump. O S&P 500, que reúne ações das principais empresas americanas listadas na bolsa, atingiu o seu maior nível desde o início de março, aos 5.814,51 pontos. Veja o desempenho das principais bolsas de Nova York por volta das 14h: Dow Jones subia 2,49%; S&P 500 subia 2,91%; Nasdaq subia 3,94%. As duas maiores economias do mundo concordaram em reduzir significativamente as chamadas "tarifas recíprocas" sobre produtos de importação durante 90 dias. (leia mais aqui) Neste período, as taxas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Quando Trump anunciou as primeiras "tarifas recíprocas" a mais de 180 países, no que ele chamou de "Dia da Libertação", no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Isso pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global. A diminuição das taxas, portanto, é vista com bons olhos pelos investidores porque afasta o temor de que a economia global esteja caminhando para uma recessão. "O mercado precisa se recalibrar para a situação anterior ao 'Dia da Libertação', e isso parece uma economia em crescimento muito construtiva", disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC, à Reuters. No entanto, analistas também alertam para ter cautela com o otimismo. "Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China", ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. "Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro." ▶️ Bolsas asiáticas Na China, as bolsas também dispararam após o acordo e fecharam em alta. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses. 📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento: 🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40%; 🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12%. O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters. "Obviamente, essa é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang. As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado antes do anúncio.

Fonte: G1

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