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12/04/2019 07:30h - Estados Unidos - Mundo

Cortejo fúnebre do rapper Nipsey Hussle termina com 1 morto e 3 feridos

Músico foi morto a tiros no dia 31 de março; chefe da polícia local disse é preciso 'parar com essa violência sem sentido'

LOS ANGELES - Milhares de pessoas se despediram na quinta-feira, 11, em Los Angeles do rapper Nipsey Hussle, assassinado a tiros no dia 31 de março, aos 33 anos. Mas o evento, que começou com a demonstração de respeito e carinho que a comunidade negra sentia pelo músico, terminou com um ato de violência durante o cortejo fúnebre que deixou um morto e três feridos. "Temos que parar com essa violência sem sentido", disse o chefe da polícia de Los Angeles, Michel Moore, no Twitter. O Staples Center, ginásio com capacidade para 21 mil pessoas, foi o local escolhido para que os fãs de Hussle pudessem se despedir do rapper. Músicos como Stevie Wonder e Snoop Dogg discursaram durante a cerimônia. Também foi lida uma carta escrita pelo ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama. "Enquanto a maioria olha para o bairro de Crenshaw, onde ele cresceu, e só vê gangues, balas e desespero, Nipsey viu potencial, ele viu esperança", afirmou. Mais tarde, o corpo do rapper, em um carro decorado com bandeiras da Eritreia (país de sua ascendência), deixou o centro da cidade para percorrer as ruas de South Los Angeles, uma área conhecida por sua pobreza e violência e onde o artista cresceu. Orgulhoso de suas origens modestas, Ermias Asghedom, nome verdadeiro de Nipsey, não foi apenas um dos mais proeminentes rappers da costa oeste nos últimos anos, mas também ficou conhecido por seu trabalho social e filantrópico para tentar desenvolver sua comunidade. Hussle lançou em 2018 seu álbum de estreia, "Victory Lap". Graças a este disco, foi indicado ao prêmio de Melhor Álbum de Rap na 61.ª edição do Grammy. O rapper foi morto no dia 31 de março, em frente a sua loja Marathon Clothing. Dois dias depois do crime, os policiais prenderam Eric Holder, de 29 anos, como suspeito. O rap americano, universo em que as mortes prematuras em razão da violência têm sido frequentes ao longo dos anos, sofreu em 2018 com a perda de XXXTentacion e Jimmy Wopo.

Fonte: Estadão

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