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09/12/2019 07:43h - Bolívia - Mundo

Evo Morales entra na lista da Interpol como terrorista

Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, na lista da Interpol como terrorista

Governo interino da Bolívia classificou o ex-presidente Evo Morales como terrorista e ele agora entrou na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). A notificação azul da Interpol significa que os Estados membros devem informar o paradeiro do investigado. A Organização Internacional de Polícia Criminal é uma organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes países. Foi criada em Viena, na Áustria, no ano de 1923. Hoje sua sede é em Lyon, na França, e tem a participação de 190 países membros. O ministro do Interior, Arturo Murillo, disse que Morales deveria passar a vida na prisão por “terrorismo e sedição”. O ministro pediu que Evo Morales, ex-presidente socialista da Bolívia – que estava exilado no México há quase duas semanas e foi visto em Cuba nos últimos dias – seja preso pelo resto de sua vida. Citando gravações de áudio de Morales que direcionam os bolivianos a “estrangular” economicamente as cidades bolivianas com bloqueios de estradas, o ministro do Interior acusou o ex-presidente de terrorismo e sedição e disse que “qualquer terrorista deve passar o resto de sua vida na prisão”, em entrevista ao jornal Guardian publicada no final de novembro. Fraudes eleitorais Morales foi deposto, após semanas de protestos populares e greves devido às fraudes eleitorais. Desde a queda do socialista, a Bolívia passa por um novo período de limpeza política e reorganização governamental. No entanto, a esquerda continua causando agitação. Apoiadores do MAS (Movimiento al Socialismo) se mobilizaram para causar instabilidade e caos no país. O governo interino respondeu a isso com ações de segurança para que a ordem volte no país. A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, assinou uma lei que anulou os resultados da eleição de Morales e o impediu de concorrer à próxima, que deve ser realizada nos próximos meses. A lei recebeu o apoio unânime do Congresso – o que significa que o partido de Evo, o MAS, apoiou a ideia de avançar para a próxima eleição sem a candidatura de Morales. Jeanine Áñez está preparando seu país para que novas eleições sejam realizadas rapidamente e a democracia seja reestabelecida. Política externa Áñez rapidamente montou um gabinete de transição e transformou a política externa do governo boliviano. Ela reconheceu o presidente interino venezuelano Juan Guaido, se aproximou de países democráticos como o Brasil e os EUA, e classificou o ex-presidente Evo Morales como terrorista, que agora, é procurado pela Interpol. Interpol A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma central de informações para que as polícias de todo o mundo possam trabalhar integradas no combate ao crime internacional, o tráfico de drogas e os contrabandos. Sua função é promover a cooperação com organizações policiais de outros países, em estrita coordenação com a Sede da Interpol, em Lyon (França). Policiais Federais da Interpol trabalham na tradução e divulgação de informação criminal internacional, cooperação em investigações internacionais, repressão de crime transnacional, e a busca de foragidos da Polícia de outros países, como no caso de Evo Morales.

Fonte: Conexão Política

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