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15/04/2024 09:14h - Rondônia - Mundo

Macron pede que Israel “evite violência” após ataque do Irã e solicita uma “trégua olímpica”

Teerã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel no sábado(14) em resposta a um bombardeio que destruiu o consulado iraniano em Damasco no dia 1º de abril - Foto: Reprodução

Para Macron, convidado para falar sobre a organização dos Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho, o ataque iraniano gera "uma mudança e uma ruptura profundas”, além de criar um precedente “que pode ser perigoso e gerar reações”. Segundo o presidente francês, a reação de Israel deveria ser de “isolar o Irã”. Teerã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel no sábado(14) em resposta a um bombardeio que destruiu o consulado iraniano em Damasco no dia 1º de abril. O Irã acusou Israel por esse ataque. "Em vez de tentar atingir os interesses israelenses fora de Israel, os iranianos provocaram Israel dentro de seu território, o que é uma novidade", analisou o presidente francês. "Devemos evitar ultrapassar certos limites. É óbvio que a situação, hoje, é muito grave", continuou, referindo-se a um "risco de conflito regional", que é ainda maior em meio à guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza. "É por isso que pedimos um cessar-fogo em Gaza e queremos que as operações humanitárias sejam retomadas para proteger a população civil que não tem nada a ver com o Hamas", disse Macron. Interceptação de mísseis A França também anunciou que interceptou mísseis e drones iranianos contra Israel na noite de sábado para domingo (14) a pedido da Jordânia. "Temos uma base aérea na Jordânia. O espaço aéreo jordaniano foi violado. Tiramos nossos aviões do chão e interceptamos o que era necessário", explicou Macron. O melhor caminho, afirmou o chefe de Estado francês, deveria ser “conseguir convencer os países da região de que o Irã é um perigo, aumentando as sanções, a pressão sobre as atividades nucleares e encontrando um caminho para a paz na região". A França, frisou, “conversa com todos os países da região. Estamos tentando ser uma potência mediadora", acrescentou. Ele disse que conversará com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda hoje. Mas completou que são "os americanos que devem desempenhar o papel mais importante para conter o Irã”. Os aeroportos do país, incluindo os dois de Teerã, retomaram as operações nesta segunda-feira. Elas haviam sido suspensas ou interrompidas após o ataque iraniano a Israel, de acordo com a agência oficial de notícias Irna. A situação também se normalizou nos aeroportos das cidades de Tabriz, no noroeste, Mashhad, no nordeste, e Shiraz, no sul. O Irã fechou os aeroportos por precaução após o ataque contra o território israelense. Antes da ofensiva, algumas companhias aéreas, como a alemã Lufthansa, já haviam decidido interromper os voos para o Irã. Outras empresas também decidiram suspender os voos para o país. Trégua olímpica Macron também anunciou que a França vai tentar obter uma "trégua olímpica" nos conflitos internacionais durante as Olimpíadas de Paris. "Vamos fazer tudo o que pudermos para obter uma pausa olímpica. Vamos trabalhar nisso", disse o chefe de Estado referindo-se à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, à guerra na Ucrânia e ao conflito no Sudão. "Esta é uma oportunidade em que tentarei envolver muitos dos nossos parceiros. O presidente chinês virá a Paris dentro de algumas semanas e vou pedir que ele ajude", antecipou Macron. "Os Jogos são também um momento diplomático, um momento de paz, disse Macron em visita ao Grand Palais, que está em construção desde 2021 e deverá acolher vários eventos dos Jogos Olímpicos de Paris, entre 26 de julho a 11 de agosto. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciou paralelamente, por precaução, o aumento da segurança nas sinagogas e escolas religiosas judaicas.

Fonte: RFI

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