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11/03/2022 08:21h - Japão - Mundo

Mistério de sereia mumificada do século 18 chega perto do fim

A suposta múmia estava guardada no templo Enjuin da cidade de Asakuchi.

No Japão, uma equipe de pesquisadores está analisando os restos mortais do que seria uma sereia mumificada de quase 300 anos atrás. A suposta múmia estava guardada no templo Enjuin da cidade de Asakuchi, onde foi utilizada como um objeto de adoração. Conta-se que ela teria sido encontrada por um pescador japonês na costa do atual distrito de Kōchi entre os anos de 1736 e 1741. No templo, o artefato era interpretado como um símbolo de boa saúde: o sacerdote-chefe do local, Kozen Kuida, afirmou ao jornal Asahi Shimbun que as orações dirigidas à sereia tinham o objetivo de ajudar a aliviar a pandemia do novo coronavírus, mesmo que apenas um pouco. Takafumi Kato, paleontólogo da Universidade de Ciência e Artes de Kurashiki, convenceu o templo a ceder os restos aos cientistas. Métodos da análise É evidente aos pesquisadores que a sereia mumificada é um construto feito a partir dos restos de pelo menos dois animais diferentes — provavelmente um orangotango e um salmão. No dia 2 de fevereiro deste ano, os pesquisadores a submeteram a uma tomografia computadorizada, além de terem extraído amostras de DNA para descobrir quais espécies foram combinadas na fabricação. Os resultados da pesquisa devem sair ainda em 2022. A criatura tem origem folclórica na mitologia japonesa: podemos comparar a múmia a um Amabie, por exemplo, que seria um tipo de sereia com um bico no lugar da boca e três barbatanas, ou a Ningyo, uma espécie de peixe com cabeça humana. Após ser supostamente pescada, a sereia em questão foi vendida a uma família influente da região, mas a jornada até o templo Enjuin é desconhecida. Por Augusto Dala Costa

Fonte: Canaltech

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