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12/03/2024 09:14h - Haiti - Mundo

Primeiro-ministro do Haiti renuncia em meio à violência de gangues

Ariel Henry passou o cargo para um conselho de transição. Haiti é assolado por ataques coordenados de gangues - Foto: Reprodução

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, não resistiu à pressão e à onda de violência de gangues no país e renunciou ao cargo nessa segunda-feira (11/3). O anúncio ocorreu depois que líderes regionais se reuniram na Jamaica para discutir a transição política no país da América Central. Henry está em Porto Rico, após ter sofrido ameaça de gangues armadas. Ariel anunciou a renúncia em vídeo: “O governo que lidero vai renunciar imediatamente após a instalação de um conselho [de transição]”. “Quero agradecer ao povo haitiano pela oportunidade que me foi concedida. Peço a todos os haitianos que permaneçam calmos e façam tudo o que puderem para que a paz e a estabilidade voltem o mais rápido possível”, afirmou. Henry lidera o país desde julho de 2021, após o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse. Ele adiou repetidamente as eleições, alegando que a segurança deveria ser restaurada antes do pleito. Ataques coordenados Agências de notícias informam que o Haiti vive uma onda de ataques altamente coordenados de gangues desde o início de março, com grupos armados incendiando delegacias de polícia e libertando prisioneiros. Estima-se que 80% da capital haitiana seja controlada por gangues que tentam tomar a parte restante do território. Em várias partes do país acontecem protestos de civis marcados por pedidos à liderança para lidar com a crise. O secretário-geral das Nações Unidas disse estar “profundamente preocupado” com a piora da insegurança na capital do Haiti, Porto Príncipe. António Guterres reiterou que é preciso adotar medidas urgentes, especialmente no fornecimento de apoio financeiro à missão de Apoio à Segurança Multinacional não pertencente às Nações Unidas.

Fonte: Metrópoles

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