Rede social pro-Trump tem 500 mil inscritos e é hackeada no 1º dia

A Gettr, rede social lançada neste por Jason Miller, ex-porta-voz do ex-presidente americano Donald Trump, obteve mais de 500 mil inscritos no seu 1º dia e sofreu um ataque de hackers. Foi o que disse o próprio Miller à agência Reuters, de acordo com reportagem desse domingo (4.jul.2021). O fundador da Gettr disse que o invasor só “conseguiu mudar alguns nomes de usuário” nos poucos minutos antes do problema ser detectado e resolvido. No Twitter –rede social que parece ter inspirado a Gettr–, usuários compartilharam fotos de perfis cujo nome tinha sido trocado para “JubaBaghdad estava aqui :), libertem a Palestina”. Os alvos foram contas verificadas com o ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, e a própria conta oficial da Gettr. A plataforma se baseia em publicações curtas dos usuários. Nas lojas de aplicativos, é descrita como “nova rede social fundada nos princípios da liberdade de expressão, de pensamento independente e de rejeição à ‘censura política’ e a ‘cultura do cancelamento’”. Até a publicação desta reportagem, a Getrr tinha mais de 100 mil downloads na loja de aplicativos da Google. O app também chegou a ficar em 3º lugar na categoria de redes sociais da Apple Store. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirma que criou um perfil na Getrr. A Gettr permite aos usuários publicar mensagens de até 777 caracteres e divulgar vídeos de até 3 minutos de duração. A rede social foi criada depois de Trump ser banido das demais redes sociais por incitar manifestantes no episódio da invasão do Capitólio, em janeiro. Trump, contudo, ainda não tem perfil oficial na Gettr. De acordo com Miller, o ex-presidente avalia “uma série de opções” e não financia a plataforma.