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20/04/2022 01:42h - Rondônia - Mundo

Rondonienses e acreanos não conseguiam voltar do Peru. Greve nacional fechou as rodovias

Um grupo de rondonienses e acreanos estavam fazendo turismo no Peru e ficaram retidos no país devido a uma crise política - Foto: Divulgação

Uma nova crise política no Peru (é a quinta vez que o Congresso daquele país tenta aprovar o impeachment do presidente esquerdista Pedro Castillo) causou problema para um grupo de rondonienses e acreanos que, com suas motos, estavam fazendo turismo naquele país. Segundo relatou à rádio Parecis FM o motociclista Geová D´Ávila, um dos membros do grupo, que é de Porto Velho, ele e seus companheiros ficaram pelo menos três dias retidos no país vizinho, já que as estradas foram fechadas, num longo protesto contra o governo. Segundo D´Ávila, grande parte da população aderiu à greve e somente nesta terça-feira o movimento paredista nacional deveria começar a arrefecer, com a liberação das rodovias e, enfim, com a possibilidade do grupo e de suas motos deixarem o país. O Peru está conflagrado desde a eleição de Castillo, eleito pela população mais pobre e pelos chamados campesinos (camponeses), mas que, em pouco tempo, já começou a sofrer fortíssima oposição. Castillo afirmou, sobre mais um pedido de impeachment (lá é chamado de vacância!) que, “desde que fui eleito, a 'vacancia' passou a ser o centro da política peruana. Isso não pode continuar. Não existem bases jurídicas para isso e tampouco provas contra mim", criticou o Presidente. Contudo, a oposição feroz ao governo populista não diminui. Novos protestos estão agendados para os próximos dias. Com toda esta crise, o presidente do Peru, Pedro Castillo, batalha todos os dias, tentando se manter no comando do país, com apenas oito meses de mandato. Segundo comentaristas políticos, Castillo deixou de ser a esperança do seu povo, para se tornar uma espécie de pária. Nosso vizinho vive em crise permanente há anos. Chegou a ter seis presidentes em seis anos. Três deles em apenas uma semana. Dois num prazo de 48 horas. Com 70 por cento da sua população vivendo na informalidade, é a política que transforma o país na segunda pior economia da América do Sul, só à frente da semidestruída Venezuela, corroída pelo comunismo. Uma greve geral paralisou o país durante vários dias e, ao menos até agora, não havia sinal de superação da crise. A instabilidade no país o torna vulnerável em termos políticos e econômicos e, ao menos enquanto esta situação não mudar, não se prevê alguma solução plausível para um país de mais de 37 milhões de pessoas. Quando esteve em Rondônia, em fevereiro, para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o peruano Pedro Castillo já sofria enorme pressão em seu país. Desde lá, do histórico encontro em Porto Velho, a situação piorou muito. É bom que os rondonienses, acreanos e outros brasileiros da região que gostam de fazer turismo no Peru se antenem para o que está acontecendo e não corram risco durante sua estada no nosso vizinho país. O perigo, lá, é real!

Fonte: Sérgio Pires

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