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30/08/2021 09:48h - Estados Unidos - Mundo

Tempestade com potencial catastrófico atinge os EUA com ventos de 240 km/h

O presidente Joe Biden disse que Ida seria 'fatal', causando grande devastação provavelmente além da costa. Mais de 300 mil casas já estão sem energia.

O furacão Ida atingiu o Estado americano da Louisiana com ventos de 240 km/h. A tempestade é potencialmente "catastrófica", alertou o Centro Nacional de Furacões (NHC). Milhares de pessoas fugiram. Aqueles que permaneceram foram aconselhados a se abrigar até a tempestade passar. O furacão Ida testará os diques criados para conter as enchentes em Nova Orleans, que foram reforçados depois que o furacão Katrina matou 1,8 mil pessoas em 2005. Até agora, os diques estão aguentando. O presidente Joe Biden disse que Ida seria "fatal", causando grande devastação provavelmente além da costa. Mais de 300 mil residências na Louisiana já estão sem energia. Biden alertou que pode levar semanas para o fornecimento ser reestabelecido. Katrina atingiu Nova Orleans há exatos 16 anos Ida ganhou força nas águas quentes do Golfo do México durante o fim de semana e atingiu a costa americana perto de Port Fourchon, ao sul de Nova Orleans, como um furacão de categoria quatro em uma escala que vai até cinco. Isso significa que causará graves danos a edifícios, árvores e linhas de energia. Em alguns lugares pode gerar ondas de até 4,8 metros, possivelmente submergindo partes mais baixas da costa. Isso está ocorrendo no dia exato do 16º aniversário do Katrina, uma tempestade de categoria três. "Não há dúvida de que os próximos dias e semanas serão extremamente difíceis para nosso Estado e muitas, muitas pessoas serão testadas. Mas também posso dizer que nunca estivemos mais preparados", disse o governador John Bel Edwards. 'Não saiam de casa' O impacto das mudanças climáticas na frequência das tempestades ainda não está claro, mas o aumento da temperatura da superfície do mar aquece o ar, disponibilizando mais energia para impulsionar os furacões. Como resultado, é provável que sejam mais intensos com chuvas mais extremas. A moradora de Nova Orleans Tanya Gulliver Garcia, que trabalha para o Centro de Filantropia de Desastres, disse à BBC que não vai sair da cidade. "Estou bastante preocupada, mais do que pensei que ficaria. Fui voluntária em desastres por vários anos... Mas é diferente quando é em sua própria casa", afirmou. O Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NWS) disse aos residentes de Nova Orleans: "Vão para uma sala sem janelas. Não saiam". Hospitais sob pressão Os hospitais da Louisiana já estão sob pressão por causa da pandemia de covid-19. O Estado tem a terceira maior taxa de infecções do país. Normalmente, os hospitais no caminho previsto para o furacão seriam evacuados, mas desta vez há poucos leitos disponíveis, mesmo em instalações mais para o interior. "Não temos para onde levar esses pacientes. Nem no Estado, nem fora", disse Edwards. Mais de 90% da produção de petróleo no Golfo do México foi interrompida.
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Fonte: BBC News

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