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05/02/2021 16:54h - Colorado do Oeste - Policial

'Frieza e crueldade', aponta juiz ao condenar casal que matou idosos em Rondônia

Casal de dentistas Dionelia Giacometti e Eldon Mai / Foto: arquivo pessoal

Nilmar dos Santos, de 39 anos, e Francinéia Costa de Oliveira, 38 anos, acusados de serem autores de num crime brutal que chocou o Cone Sul de Rondônia em julho de 2020, foram condenados a 57 anos e 61 anos de prisão, respectivamente, pelo assassinato dos idosos-dentistas Eldon Mai e Dionélia Giacometti Mai, no município de Colorado do Oeste. A sentença foi proferia nesta sexta-feira, 5, pelo Juiz de Direito Eli da Costa Júnior, da comarca de Colorado do Oeste. O assassinato, que chamou a atenção do Brasil por sua crueldade, aconteceu em 5 de julho. Num crime planejado, os idosos foram golpeados, amordaçados com um pedaço de pano e enforcados até a morte. Nilmar e Francinéia, que eram inquilinos na casa dos idosos, após consumar os crimes, foram detidos quando, conduzindo um carro Fiat, modelo Siena Fire, tentavam cruzar a barreira da Polícia Rodoviária Federal entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, na cidade de Vilhena. “Crime mediante violência praticada com uso de arma branca, bem como à traição e mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas, ambas maiores de 60 (sessenta) anos, resultando em morte, conforme Laudo de Exame Tanatoscópico e Laudo de Exame em Local de Morte Violenta. Investigou-se, também, que os denunciados mantiveram as vítimas em seu poder antes do resultado morte, com restrição de liberdade, tendo os agentes cometido os crimes por motivo fútil e torpe”, revelou a denúncia do Ministério Público. À Justiça, Nilmar confessou em detalhes afirmando que matou os dois idosos. Alegou que estava embriagado, atraiu as vítimas para a casa, com a desculpa de que precisava de ajuda para consertar um cano e, em seguida, golpeou-as como pedaço de pau e asfixiou-as com um fio, sendo que teria matado Dionélia pela manhã e Eldon à tarde, tudo com o objetivo de roubar pertences pessoais das vítimas, como bolsas roupas, celulares, veículo e efetuar saques e transferências bancárias das contas das vítimas para sua conta. Disse que agiu sozinho e ocultou os corpos das vítimas, indicando para os policiais que acompanharam sua prisão o local onde as mesmas foram enterradas, praticando os crimes de latrocínio e ocultação dos cadáveres. Ouvida em Juízo, Francinéia negou participação nos delitos, dizendo que não tinha conhecimento, mas – conforme o magistrado – “as provas no processo demonstram claramente sua participação nos crimes, sendo sua versão contraditória e divorciada das provas produzidas nos autos”. Além das provas testemunhas, há um passo-a-passo da execução do crime que seria escrito por ela. No final, o juiz condenou Nilmar pelos delitos de latrocínio e ocultação de cadáver, a pena total de 57 (cinquenta e sete) anos e 02 (dois) meses de reclusão, e 81 dias-multa a razão de um trigésimo do salário mínimo. Já Francinéia, pelos delitos de latrocínio e ocultação de cadáver, teve a pena total de 61 (sessenta e um) anos e 02 (dois) meses de reclusão e 91 (noventa e um) dias-multa a razão de um trigésimo do salário mínimo. “Portanto, por todas as provas produzidas no processo, este magistrado não tem nenhuma dúvida da participação da acusada Francinéia no planejamento e execução dos crimes, atuando efetivamente junto com o esposo, demonstrando frieza e crueldade, sendo impiedosos com o casal de idosos, devendo esta responder também pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver”, apontou o juiz na sentença.

Fonte: Extra de Rondônia

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