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11/06/2019 15:08h - Rolim de Moura - Policial

Idosa encontrada com fios enrolados no corpo pode ter sido morta pelo marido

Companheiro da vítima é procurado pela polícia. Corpo foi encontrado no último sábado (8) com fios elétricos enrolados nas mãos e pernas.

A Polícia Civil de Rolim de Moura (RO) passou a trabalhar com a linha de investigação de que a idosa de 64 anos, encontrada morta na casa onde morava no bairro Olímpico, tenha sido assassinada. O corpo dela foi achado no sábado (8) com fios amarrados no corpo. Para a polícia, o companheiro da vítima é o principal suspeito do crime. Ele ainda não foi localizado. Segundo o delegado regional Alexandre Baccarini, a versão registrada no boletim de ocorrência e dada à Polícia Militar (PM) foi baseada no depoimento do companheiro da vítima. Nesse primeiro momento, a polícia não encontrou nenhum indício que apontasse que o homem estivesse mentindo ou ocultando informações. "Por se tratar de uma morte com violência, o corpo é submetido a um exame médico legal. Durante a necropsia, o médico legista verificou que ela tinha uma lesão na parte superior da cabeça", contou o delegado. Baccarini explica que quando uma pessoa recebe uma descarga elétrica, o corpo apresenta sinais de entrada e saída dessa descarga em forma de queimaduras, o que não foi verificado no corpo da idosa. "Ela apresentava uma queimadura apenas em uma das mãos, quando na realidade os pés dela ou até a planta dos pés deveriam ter sido atingidos com essas queimaduras, o que não ocorreu com esse corpo", afirmou o delegado. Outra possibilidade, também já descartada pela polícia, é que a mulher pudesse ter recebido um choque, caído e batido com a cabeça. "O local onde está a lesão, na parte superior da cabeça, não indica que ela tenha caído ou batido a cabeça, a não ser que tenha caído de ponta, o que não é possível", destacou Alexandre. A polícia acredita que ela foi atingida na cabeça com algum objeto contundente. O principal suspeito do crime, é o companheiro da vítima que chegou a ser apresentado na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Rolim de Moura, mas como o laudo médico não havia sido concluído, não tinha nenhum elemento contra ele, então ele foi liberado e intimado para retornar a Unisp na segunda-feira (10), o que não foi feito . "O companheiro dela apresentava sintomas de embriaguez, fala desconexa. Nós já ouvimos outras testemunhas e desde a manhã de hoje [11] nossa equipe está nas ruas procurando o suspeito para que ele possa dar a nova versão", explicou o delegado. Baccarini acredita que, até o final da semana, os agentes tenham concluído o inquérito e apontado as circunstâncias do crime. Em seguida o documento deve ser encaminhado para o judiciário e o Ministério Público (MP) para que se torne de fato uma ação penal pelo crime de feminicídio.

Fonte: G1/RO

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