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13/02/2019 09:08h - Vilhena - Policial

Polícia Civil deflagra operação contra facções que mandavam matar e decapitar rivais

Operação Intramuros da Polícia Civil cumpre quarenta mandados de prisão contra integrantes de facções criminosas dos estados de Rondônia e Mato Grosso do Sul.

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (13) a Operação Intramuros. Após nove meses de investigações, iniciadas pela Delegacia de Vilhena juntamente com a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO), a Polícia Civil mapeou o comando de uma facção criminosa cujo centros de comandos estão nos presídios de todo Estado de Rondônia e Mato Grosso do Sul, dando assim a Polícia Civil cumprimento a 40 mandados de prisão e busca e apreensão. São dezessete mandados de prisão e uma busca e apreensão em Vilhena, onze mandados em Porto Velho, dois mandados em Mato Grosso do Sul, dentre várias outras cidades do interior do Estado. Devido ao aumento de roubos e homicídios detectados na cidade de Vilhena-RO, a Polícia Civil reuniu informações e constatou que os crimes envolviam infratores integrantes de facções criminosas, passando a monitorá-los, sendo algumas lideranças no Estado em cumprimento de pena no presídio situado nessa cidade. Durante a investigação, comprovou-se que, através de celulares dentro de presídios, infratores líderes de facções determinaram roubos e homicídios com ordens dadas por um tribunal do crime, cuja hierarquia, no Estado de Rondônia, tem como líderes presos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Somente durante essas investigações, que iniciaram em maio do ano passado, a Polícia Civil mapeou 8 homicídios tentados e consumados, praticados em Vilhena, Mato Grosso do Sul e Porto Velho, além de tráfico e roubos que também foram mapeados e investigados. A presente investigação faz parte da estruturação da Polícia Civil emfocar os delitos praticados por Organizações Criminosas. O nome INTRAMUROS é um termo utilizado dentro do direito criminal para denominar fatos ocorridos dentro dos muros de um estabelecimento carcerário. Isso faz referência ao fato de, durante a investigação, ter sido constatado casos de mortes de integrantes de facções rivais com requintes de crueldade, onde o chamado “tribunal do crime”, de dentro do presídio (intramuros), determinava inclusive detalhes da execução, como a amputação de membros ou mesmo a decapitação das vítimas.

Fonte: Jornal Rondoniavip

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