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18/11/2020 07:03h - Chupinguaia - Política

A inacreditável história do candidato a vereador que errou o próprio número e não teve nenhum voto

“Me deu um branco e eu nem reparei. Na primeira vez a gente se afoba”, disse o político que buscava uma vaga de vereador na cidade de Chupinguaia

A inacreditável história do candidato a vereador que errou o próprio número e não teve nenhum voto O Folha do Sul entrevistou, por telefone, na manhã desta terça-feira, 17, o motorista Jesus Galvez Muniz, de 56 anos, que concorreu a vereador pelo PSD na cidade de Chupinguaia, e saiu das urnas sem um único voto. Nem o dele mesmo. E não foi por falta de vontade. Pioneiro em Rondônia, “Jesus da Moradia”, nome que usou para disputar o pleito, chegou em Cacoal com a família, vindo do Paraná, em 1970. “Tinha uma ou outra casinha da madeira na cidade”, relembra. Após mais de dez anos, o pai ganhou um lote de terras no distrito de Migrantinópolis, pertencente a Rolim de Moura, e Jesus trabalhou na propriedade, em derrubadas e outros serviços pesados. Há 30 anos em Chupinguaia, Jesus atuou em fazendas e hoje admite: “tô parado, mas vou para Vilhena procurar trabalho. Não pode é ficar sem fazer nada”. Sobre seu desempenho nas urnas, o candidato explicou que iria concorrer com o número 55.123, mas o presidente da agremiação, o PSD, disse que outro postulante à vereança estava usando essa sequência. Acabou aceitando concorrer com o 55.678. “Fiquei com isso na cabeça e, quando cheguei na urna, havia esquecido meu número. Votei no que achava que era o certo, quando saí me dei conta e disse ao presidente do partido: ‘não consegui votar em mim mesmo”. Questionado se não olhou a foto que apareceu após ele apertar os números, Jesus foi sincero: “me deu um branco e eu nem reparei. Na primeira vez a gente se afoba”. Perguntado porque ninguém mais optou por sua candidatura, o pioneiro admite: “parece que o pessoal não queria a minha presença na política de Chupinguaia”. Apesar do desempenho inacreditável, o paranaense de Terra Roxa não pensa em desistir da vida pública. “Foi um aprendizado. Tirei por essa eleição que amizades não significam votos. Vou me preparar melhor para a outra”.

Fonte: Folha do sul

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