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11/01/2021 10:58h - Brasília - Política

Ataques de Maia a Bolsonaro forçam definição de voto

Maia subiu tom contra Bolsonaro no final de semana - Maruanna Oliveira / Câmara dos deputados - 18.12.2020.

Os duros ataques de Rodrigo Maia ao presidente Bolsonaro, faltando cerca de 20 dias para deixar a presidência da Câmara, sinalizam não apenas para o campo político em que o democrata vai jogar assim que desembarcar do cargo. Maia investe no tudo ou nada: aproveita o momento de fragilidade do presidente, abalado pela crise das vacinas, para convencer indecisos e dissidentes a apoiarem seu candidato, Baleia Rossi, do MDB. O parlamentar, no entanto, mantém o tom moderado e não embarcou, por exemplo, na defesa do impeachment de Bolsonaro - o que incomodou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O acordo de Rossi com a esquerda não admite veto ao tema. Do lado adversário, integrantes da chapa de Arthur Lira (PP/AL), criticaram a atitude de Maia, que chegou a acusar Bolsonaro de “covarde” nas redes sociais e a culpá-lo pelas mais de 200 mil mortes causadas pela pandemia no Brasil. “O Rodrigo, que merece todo o meu respeito, perdeu a condição de mediador da eleição. Diante da iminente derrota age pra dividir a Câmara, o que faz muito mal ao país”, declara o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), candidato a vice de Lira e que já foi próximo a Maia. Os dois principais postulantes à presidência da Câmara têm agenda movimentada nesta segunda-feira. Lira investe nos votos de parlamentares do centro-oeste, com encontros com integrantes das bancadas de Tocantins e Goiás. E garante visibilidade em entrevista coletiva prevista para esta manhã. Rossi tem reuniões políticas em Santa Catarina e desembarca em Brasília na parte da tarde, para dar continuidade a articulações eleitorais.

Fonte: R7

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