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11/05/2022 09:15h - Brasília - Política

Bolsonaro demitiu ministro das Minas e Energia por causa de alta do diesel

Presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Foto: Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) demitiu o ministro das Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque. O novo ministro é o economista Adolfo Sachsida, 49 anos, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia e indicação de Paulo Guedes. A movimentação foi publicada na edição desta quarta-feira (11) do Diário Oficial da União. Para efeitos externos, Bento Albuquerque saiu do cargo “a pedido”, como é praxe nesses casos. Na realidade, o agora ex-ministro se inviabilizou no cargo porque discordava de Bolsonaro a respeito de pressionar a Petrobras a segurar as altas de preços dos combustíveis. Nesta semana, a estatal aplicou um aumento de 8,9% no preço do diesel nas refinarias. O valor médio por litro passou de R$ 4,51 para R$ 4,91. O mais recente reajuste tinha sido feito há 60 dias, em 11 de março, quando a empresa aumentou o preço do combustível em quase 25%. Decisão da petroleira impacta diretamente a taxa de inflação e os planos de Bolsonaro se reeleger em outubro. CAMINHONEIROS INSATISFEITOS A alta do diesel desagradou os caminhoneiros –categoria que compõe a base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Um dos líderes dos caminhoneiros autônomos responsáveis pela greve de 2018, Wallace Landim, o Chorão, divulgou um vídeo criticando o aumento de R$ 0,40 no diesel. Em nota, Chorão, que também é presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), disse que quando o diesel sobe, “os produtos transportados pelos caminhoneiros vão subir no dia seguinte”, e que “os caminhoneiros não sobrevivem mais se não repassarem o aumento dos combustíveis para os fretes”.

Fonte: Poder360

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