Publicidade

06/08/2022 10:38h - Brasília - Política

Bolsonaro ganha espaço entre eleitores pobres e Lula segue caminho inverso avaçando entre os mais ricos, diz pesquisa

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou espaço entre eleitorado considerado mais à esquerda. O ex-presidente Lula (PT) seguiu o caminho inverso avaçando entre os candidatos com maior 'estabilidade financeira', os mais ricos.

A última pesquisa do Instituto Datafolha , divulgada dia 29 de julho, revelou uma mudança no perfil do eleitorado dos dois principais candidatos à presidência da República. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou espaço entre eleitorado considerado mais à esquerda. O ex-presidente Lula (PT) seguiu o caminho inverso avaçando entre os candidatos com maior 'estabilidade financeira', os mais ricos. As intenções de voto a Bolsonaro aumentaram entre pessoas consideradas como 'vulneráveis' pela pesquisa - parte da população brasileira com baixa renda e instabilidade financeira. O candidato petista, por outro lado, conquistou uma parcela da população com maior renda e estabilidade financeira. Antes, Lula estava com 57% da intenções de voto entre os eleitores considerados 'vulneráveis', enquanto que Bolsonaro apresentava 19%. Agora Lula cai para 54% e Bolsonaro sobe para 24%, alterando ligeiramente o perfil socioeconomico dos eleitores dos 'candidatos da polarização'. Estima-se que 50% da população com perfil socioeconômico considerado 'vulnerável' recebe o Auxilio Brasil ou reside com algum beneficiário - fator que possivelmente ocasionou essa ligeira alteração. Entre a população mais rica, o candidato petista ganhou mais espaço. Antes ele estava atrás com 35% as intenções e Bolsonaro com 38%. Lula ultrapassa o candidato de direita com 40%, deixando Bolsonaro com 33% das intenções dos votos do eleitorado com maior renda financeira, portanto considerada pelo Instituto como mais 'segura'. O impacto dessa mudança no perfil do eleitorado é mais positivo à Jair Bolsonaro (PL), pois a população de 'vulneráveis' concentra 35% do eleitorado, enquanto que a população de pessoas com maior renda, os chamados 'mais seguros', representa apenas 20% do eleitorado. Outro perfil do eleitor brasileiro, chamado por 'amparados', também apresentou mudança. São esses cidadãos com renda instável, porém acima de dois salários mínimos. No mês anterior, o petista estava à frente com 42% enquanto Bolsonaro com 37%. Agora, os candidatos estão empatados para esse parcela populacional, com 38% ambos. Vale lembrar que esse grupo de eleitores corresponde a 18% do total e a margem de erro nesse perfil varia entre cinco pontos percentuais. Os únicos eleitores que se mantém firmes no apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) são os consideredos 'superseguros'. Essa parcela super rica da população é de apenas 8% e se manteve nos seus 42% de intenções à Bolsonaro, equanto que para o petista os números subiram de 30% para 34%. Nessa caso, a margem de erro é de sete pontos. Super seguros, seguros e terceira via O seguros e superseguros são os que tem maior aceitação aos candidatos fora da polarização. O candidato Ciro Gomes (PDT), aparece com 11% no primeiro grupo. Já Simone Tebet (MDB) registrou 7% no segundo grupo, apresentando uma marca recorde de pontuação até o momento. Para realizar essa pesquisa, o Instituto Datafolha dividiu o perfil dos eleitores em três parâmetros socioeconômicos: Os economicamente ativos estáveis (assalariados registrados, funcionários públicos, profissionais liberais, aposentados) Os ativos instáveis (assalariados sem registro, autônomos, freelancers, desempregados procurando emprego) Os não ativos (estudantes, donas de casa e desempregados que não buscam emprego). A opinião desses grupos varia sobre outros pontos da pesquisa. No último mês, os mais 'pobres' passaram a avaliar melhor o governo Bolsonaro. A reprovação do presidente oscilou de 50% para 46%. Essas variações entretanto, estão dentro das margens de erro dois grupos - três pontos percentuais para os vulneráveis e cinco para os seguros. Preocupações do eleitorado O segmento das pessoas 'vulneráveis' disse que nos últimos meses 'a quantidade de alimento' foi insulficiente e que a principal problema do país é a saúde. Já entre os 'seguros' a maior preocupação dessa população é com a educação.
Publicidade

Fonte: IG

Notícias relacionadas