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10/06/2021 13:44h - Brasília - Política

CPI da Covid aprova quebra de sigilo de Pazuello e Ernesto Araújo

Ex-ministros terão telefones e aparelhos vistoriados - Fotos: Agência Senado.

A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (10) a transferência de dados telefônicos e telemáticos (qualquer envio de dados pela internet) de inúmeras pessoas que em algum momento foram ligadas ao governo federal. Entre os nomes estão os dos ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e das Relações Exteriores Ernesto Araújo. Com a ausência do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), após decisão do STF que permitiu que ele se calasse, a CPI analisa requerimentos que ficaram na pauta da comissão. A comissão aprovou ainda a convocação de Wágner Rosário, ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União). Ele vai falar sobre as inúmeras investigações abertas nos entes da federação que incluíam verbas federais para o combate à pandemia. Além dos dois ex-ministros Pazuello e Ernesto Araújo, foram aprovadas as quebras de sigilo de Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, do empresário Carlos Wizard e dos médicos Nise Yamaguchi, Paulo Zanotto e Luciano Dias Azevedo, que fariam parte do suposto gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro. O ex-secretário-executivo da pasta da Saúde Elcio Franco, que prestou depoimento ontem à comissão, também foi incluído na lista. Assim como o nome de Alexandre Figueiredo Costa Silva, auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) responsável pelo falso estudo atribuído ao órgão que coloca em dúvida o número de mortes por covid-19 em 2020. Decisão do STF Mais pessoas aparecem na longa relação votada e aceita pela CPI da Covid: - Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde que é conhecida por defender o tratamento precoce. Ela também já esteve na CPI; - Zoser Plata Bondin Hardman de Araújo, advogado e assessor especial no Ministério da Saúde; -Túlio Silveira, representante da farmacêutica indiana Bharat Biotech); - Shirley Meschke Mendes Franklin de Oliveira; advogada da Pfizer; - Marcellus Campelo, ex-secretário de Saúde do Amazonas; - Hélio Angotti Neto, integrante do Ministério da Ciência e Tecnologia; - Francisco Ferreira Filho, coordenador do comitê de crise no Amazonas) - Francisco Emerson Maximiano (sócio da Precisa Medicamentos); - Francieli Fontana Fantinato (coordenadora do PNI (Plano Nacional de Imunização); - Flávio Werneck (assessor especial para assuntos internacionais do Ministério da Saúde); - Camile Giaretta Sachetti (ex-servidora do Ministério da Saúde) e - Arnaldo Correia de Medeiros (secretário do Ministério da Saúde). Quatro pessoas jurídicas são alvos de transferência de dados mais abrangentes: - Associação Dignidade Médica de Pernambuco (bancário e fiscal); - Profissionais de Publicidade Reunidos (bancário, fiscal, telefônico e telemático); - Calya/Y2 Propaganda e Marketing (bancário, fiscal, telefônico e telemático) e - Artplan Comunicação (bancário, fiscal e telemático). Decisão do STF A sessão foi aberta com a discussão sobre o que a comissão fará daqui em diante caso a decisão da ministra Rosa Weber, do STF, que liberou o governador amazonense de se calar ou sequer ir à CPI, seja estendida a todos os chefes de Executivo estaduais. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a advocacia geral do Senado vai recorrer da decisão do STF. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) sugeriu que se reconsiderasse a reconvocação de governadores transformando-os em convites aos chefes do Executivo. Marcos Rogério (DEM-RO) lamentou a decisão da ministra Rosa Weber, que considerou precária e equivocada.

Fonte: R7

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