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10/12/2018 10:20h - Curitiba - Política

Empresa da família de Ratinho é alvo de operação em Curitiba

Gaeco mira esquema de fraude na fila do SUS com mandados na Alep e em hospital da RMC

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realiza na manhã desta segunda-feira (10) uma operação que investiga agentes públicos e médicos, em organização criminosa que cobrava indevidamente de pacientes para furar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão temporária e 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo órgão especial do Tribunal de Justiça do Paraná. A ação faz parte da Operação Mustela. As prisões temporárias foram determinadas contra dois médicos, assessores, secretárias e intermediadores, um deles vereador em Bandeirantes. Os mandados de busca são cumpridos em dez cidades (Curitiba, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Telêmaco Borba, Bandeirantes, Campo Magro, Colombo e Siqueira Campos), atingindo o gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSB). As investigações foram iniciadas há cerca de 18 meses na Promotoria de Justiça de Campo Largo. Bier não foi reeleito nas últimas eleições. Agentes do Gaeco chegaram ao prédio por volta das 7 horas. Não se sabe qual seria o envolvimento do deputado no esquema. Também há mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Hospital São Lucas, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A empresa Solumedi, em Curitiba, também foi alvo do Gaeco nesta manhã na operação que investiga esquema de propina entre médicos e empresários para furar a fila do SUS no Paraná. A empresa que realiza agendamento para atendimentos médicos pertence à família do apresentador Ratinho, que já fez propaganda para ela. O G1 registra que, de acordo com as investigações do Ministério Público, “foram colhidos indícios de que os suspeitos estavam profissionalizando as práticas investigadas por meio da Solumedi, que buscava facilitar o agendamento de consultas e procedimentos médicos no setor privado, que, depois, ao que tudo indica, eram realizados e custeados pelo SUS”. Esquema De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Leonir Batisti, o esquema envolvia atendimento preferencial no SUs mediante pagamento “por fora” para médicos, hospital e clínicas. “A operação investiga uma situação que envolve prejuízo às pessoas qeu se socorrem do SUS. A situação que ocorre é que as pessoas que triam que esperar por uma cirurgia por exemplo, acabam procurando ou sendo procuradas por intermediários, entre os quais assessores de políticos, e estes conseguem o procedimento com prioridade, furando assim a fila do SUS. E como conseguem isso? pagando pela consulta no início e, na sequência, fazendo um pagamento adicional para a cirurgia bancada pelo SUS, o que é ilegal”, relatou Batitsti. A operação do Gaeco foi batizada de “Mustela” em referência ao gênero de mamíferos que inclui animais conhecidos como furões.

Fonte: O Antagonista

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