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27/06/2022 11:52h - Brasil - Política

‘O pior da inflação já passou’, diz presidente do Banco Central

Durante evento na Europa, Roberto Campos Neto sinaliza com expectativa de melhora no cenário econômico do país - Foto: Alan Santos/PR.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 27, que o Brasil caminha para controlar a inflação. As declarações foram dadas durante participação no 10º Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal. No último número divulgado em 9 de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou índice de 11,73%, no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em maio, a inflação desacelerou para 0,47%. “A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração. Os últimos dois números foram, pela primeira vez, dentro da expectativa. A gente acha que o pior da inflação no Brasil já passou”, comentou Campos Neto no evento em Lisboa. “A gente tem algumas medidas sendo desenhadas pelo governo, que a gente precisa entender qual vai ser o efeito disso no processo inflacionário, ainda não está claro.” Segundo o presidente do Banco Central, o órgão fez os esforços necessários, com aumentos progressivos na taxa básica de juros (Selic) desde o ano passado. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 15 de junho, o patamar ficou em 13,25% ao ano. A sinalização do BC é seguir com aumentos, pelo menos para a próxima reunião do Copom. Mas Campos Neto acredita que os sacrifícios possam ser revertidos em controle de inflação e aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2022. Na última semana, o BC elevou de 1% para 1,7% a projeção de crescimento econômico deste ano. “É importante dizer que o Brasil fez o processo antecipado, acreditamos que a nossa ferramenta é capaz de frear o processo inflacionário e vai frear. A gente acha que grande parte do trabalho já foi feito”, comentou. “Ao contrário do processo inflacionário de 2013, 2014 e 2015, quando a inflação do Brasil cresceu muito acima da média mundial, essa nossa inflação está até relativamente abaixo da mediana histórica. É óbvio que temos que combater a inflação, não vamos olhar para o que está acontecendo fora e usar isso como qualquer tipo de desculpa, mas é importante conhecer os componentes.”

Fonte: Revista Oeste

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