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03/08/2022 21:52h - Brasília - Política

Paulo Guedes quer cobrar de rico por auxílio permanente de R$ 600

Para o ministro, investidor que lucra mais de R$ 400 mil por ano tem que pagar 15% de imposto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer cobrar um imposto sobre dividendos para financiar o pagamento permanente de R$ 600 do Auxílio Brasil. Guedes defende a cobrança de uma alíquota de 15% sobre lucros superiores a R$ 400 mil por ano. A medida atingiria, segundo ele, 60.000 pessoas. Nas contas do economista, a reforma tributária para o segmento também permitirá a atualização da tabela do Imposto de Renda–promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. A proposta está no Senado. A previsão é de que o auxílio de R$ 600 será pago apenas até dezembro deste ano. Tanto Bolsonaro quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lideram as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, já prometeram manter o valor do benefício a partir de 2023. Apoiador de Bolsonaro, Guedes defendeu a ajuda aos mais vulneráveis. Ele comentou sobre o tema em evento com investidores, a Expert XP, nesta 4ª feira (3.ago.2022). Na ocasião, Guedes foi questionado sobre como dar os benefícios sem furar o teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à inflação. Respondeu que uma possibilidade é a retirada de amarras do Orçamento, a chamada indexação de despesas, dando mais liberdade para os governantes definirem alocações prioritárias. Segundo o ministro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), poderia ser um fiador da reforma da desindexação do Orçamento. Guedes disse que o teto pode ser flexibilidade em momentos de turbulência: “Quando tiver uma doença, como no ano passado, nós estaremos lá –a mão segura do Estado, a mão amiga dos liberais, para quando há necessidade. Mas não a mão para acariciar vagabundo, ladrão, corrupto”. Por DOUGLAS RODRIGUES

Fonte: Poder360

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