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08/08/2022 20:40h - Brasília - Política

TSE rejeita pedido da Defesa sobre dados de eleições passadas

O TSE argumenta ainda que o pedido de acesso a tais informações expirou

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta segunda-feira solicitação do Ministério da Defesa que pedia acesso a documentos das eleições gerais de 2014 e 2018, por considerar que as instituições que fiscalizam o processo eleitoral não têm poder de análise sobre pleitos passados. Em um anexo a respostas técnicas da corte enviadas ao Ministério da Defesa, o TSE argumenta ainda que o pedido de acesso a tais informações expirou em 13 de janeiro de 2015, no caso das eleições de 2014, e em 17 de janeiro de 2019, para o pleito realizado em 2018. "As entidades fiscalizadoras do processo eleitoral... não possuem poderes de análise e fiscalização de eleições passadas, não lhes cumprindo papel de controle externo do TSE", diz o documento do TSE. O anexo traz respostas a 12 pontos questionados pelo Ministério da Defesa em ofício encaminhado ao tribunal em 23 de junho. Ofício-circular assinado pelo presidente do TSE, Edson Fachin, que acompanha o documento, explica ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que algumas das solicitações não podem ser passadas por escrito. "Da leitura das prescrições normativas, haure-se claramente que a comunicação escrita não se presta a detalhar para as entidades fiscalizadoras elementos sobre especificação e desenvolvimento de sistemas que devam ser aferidos exclusivamente in loco na ambiência do Tribunal Superior Eleitoral", disse Fachin no ofício. Procurado, o Ministério da Defesa não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A cúpula dos militares têm endossado as suspeitas sem fundamento levantadas pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral. Também nesta segunda-feira, o presidente do TSE enviou ofício ao ministro da Defesa comunicando a retirada do coronel do Exército Ricardo Sant'Anna da comissão de transparência eleitoral criada pela corte, após informações na imprensa de que ele divulgaria informações falsas sobre o sistema eleitoral nas redes sociais. Por Maria Carolina Marcello

Fonte: Reuters

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