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29/06/2018 07:51h - Porto Velho - Saúde

Carreta da Saúde promove acessibilidade e possibilita diagnóstico precoce de hanseníase

Paciente do grupo de autoajuda do Santa Marcelina

Em alusão ao Dia Estadual de Mobilização para o Controle da Hanseníase (7 de julho), instituído pela lei estadual de número 3113, de 25 de junho de 2013, a Coordenação Estadual de Hanseníase, da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), realiza a campanha anual para alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença, e estimular a busca pelos serviços de saúde, mobilizando os profissionais da área na atenção a novos casos, diagnóstico precoce e tratamento. Neste ano, a campanha conta com o reforço da Carreta da Saúde que estará pela primeira vez no Estado, no período de período de 3 de julho a 24 de agosto, ficando na capital a partir do dia 3 até a abertura oficial da campanha, que acontece em frente ao Palácio Rio Madeira no dia 6 de julho.“O mutirão com a Carreta da Saúde é a primeira vez que acontece em Rondônia, e já rodou grande parte do Brasil, desde 2009. A ideia é de uma empresa de medicamentos em parceria com o Ministério da Saúde. Além do atendimento, o projeto Roda Hans quer chamar a atenção da população sobre a doença, e o enfrentamento à discriminação”, explica a enfermeira Helen do Carmo Carioca Holanda, membro da coordenação estadual de Hanseníase. Ainda segundo a enfermeira, há 14 grupos de autocuidado espalhados pelo estado, trabalhando prevenção e atenção ao tratamento. Em Porto Velho, as referências são a Policlínica Oswaldo Cruz e o Hospital Santa Marcelina, mas todas as unidades de saúde estão preparadas para consultar, diagnosticar, encaminhar e acompanhar os casos com tratamento oportuno. Antes do mutirão, Helen conta que médicos do MS darão um curso teórico de um dia para os profissionais de saúde municipais que estarão atendendo à população dentro da Carreta, que conta com cinco consultórios e um laboratório para o serviço. “Por exemplo, no dia 2 será em Porto Velho, com servidores que já atuam com a hanseníase nos municípios de Nova Mamoré, Itapuã e Guajará Mirim para a atualização profissional. A equipe será toda da estratégia de saúde da família das unidades básicas de saúde das cidades e regiões que serão contempladas”, diz. Índices O Brasil é o segundo país no mundo com maiores índices de hanseníase, só perdendo para a Índia, e Rondônia está em 6° lugar entre os estados brasileiros com mais casos, sendo registrados 517 novos casos em 2017, e deles, 25 são em menores de 15 anos de idade. Este ano, já são mais 222 novos casos registrados até o dia 27 de junho. Do total, 11 em menores de 15 anos. A enfermeira alerta para o exame em contatos do paciente já diagnosticado. “A doença é transmitida pelo ar, mas não tão facilmente assim, a não ser em contatos sempre muito próximos. Ela pode ficar incubada até 5 ou 7 anos. Se há casos de menores de 15 anos com a doença, possivelmente há um adulto da família infectado. Outra coisa importante é o tratamento, que deve ser levado a sério até o final, com período de seis meses para os casos descobertos precocemente, e um ano para os tardios. Se o tratamento é interrompido, os sintomas só vão piorar e o paciente continuará transmitindo a doença”. Além da capital, outros 18 municípios de Rondônia receberão a Carreta da Saúde:
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Fonte: SECOM

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