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21/08/2020 08:02h - Rio de Janeiro - Saúde

Filha descobre que pai internado com Covid-19 morreu há 50 dias

Tainara Souza dos Santos, que descobriu morte do pai, vítima de Covid-19, após 50 dias - Foto: CNN (20.ago.2020)

Uma família do Rio de Janeiro descobriu a morte de um parente vítima de Covid-19 depois de 50 dias do ocorrido. Segundos os parentes, Paulo César dos Santos Oliveira, que tinha 53 anos, estava internado desde 25 de junho no Hospital Municipal Salgado Filho, na Zona Norte do RJ. Ele morreu em 1° de julho e foi enterrado, mas a família diz que só ficou nesta semana – e por meios próprios. À CNN, a filha Tainara Souza dos Santos contou que recebeu a notícia após levar o irmão no mesmo hospital na quarta-feira (19). No local, ela questionou sobre o pai e foi informada de que ele tinha falecido há quase dois meses. "Vim aqui para poder ver sobre meu irmão e fui aproveitar para dar uma olhada na sala onde meu pai estava", relatou. "Chegando lá, cadê meu pai? Sumiu, e ninguém sabia onde estava", acrescentou. De acordo com ela, uma funcionária passou muito tempo procurando informações e pediu para ela conversar com outro profissional. "Ele me mostrou um caderno em que estava o nome do meu pai e dizendo quando ele morreu e quando foi enterrado", afirmou ela. Tainara ainda assegurou que ninguém da família foi avisado e que tinha a informação de que ele estava internado com quadro de saúde estável. "Um mês e quatro dias para ser enterrado e ninguém falou nada com a família", lamentou. A diretora do hospital, Carla Cantisano, contestou a versão da filha de Paulo César, defendeu que os protocolos foram seguidos e disse que apenas uma procura pelo homem foi registrada pelos funcionários. Além disso, ela garantiu que várias tentativas de contato foram feitas, mas sem sucesso. "No momento em que o paciente foi a óbito, nós vamos a esse cadastro e tentamos o contato com o familiar para que venha ao hospital trazer os documentos do paciente. Nós não damos notícia pelo telefone, mas aqui acolhemos a família", disse. "No caso do senhor Paulo César, o telefone informado no cadastro não respondia. Não conseguíamos falar. Então, seguindo nosso protocolo, porque essa é uma informação séria e importante, enviamos um telegrama. Rastreando, vimos que não conseguiu ser entregue em diversas tentativas", acrescentou. Em relação à acusação sobre a falta de informação a respeito do enterro, Carla disse que há prazo legal para o sepultamento. "É um prazo por lei que temos que cumprir", concluiu.
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Fonte: CNN Brasil

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