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25/07/2019 09:27h - México - Saúde

Novo implante e teste de vacina oferecem esperança contra HIV

As descobertas do novo estudo foram reveladas durante a 10ª Conferência da International AIDS Society (IAS) na Cidade do México.

Um implante do tamanho de um palito de fósforo poderia revolucionar os regimes de prevenção do HIV, após testes iniciais sugerirem que o dispositivo pode impedir que pessoas em risco contraiam o vírus por até um ano, mostrou uma nova pesquisa nesta terça-feira. Revelando suas descobertas de um ensaio clínico na 10ª conferência anual da International AIDS Society na Cidade do México, os desenvolvedores disseram que o dispositivo poderia eventualmente oferecer uma nova abordagem para a supressão do HIV. Ele usa uma molécula chamada MK-8591, que é aproximadamente 10 vezes mais forte como um inibidor de HIV do que os medicamentos atualmente no mercado, e que tem uma barreira muito alta contra a resistência. "Ele libera lentamente a droga e mantém um nível muito consistente da droga em seu corpo, e isso pode realmente impedir que você seja infectado", disse à AFP Mike Robertson, diretor de desenvolvimento clínico global para virologia da MSD. Atualmente, os indivíduos com alto risco de contrair o HIV precisam tomar uma pílula todos os dias para garantir sua proteção. Número de vítimas no mundo Em seu relatório anual sobre a doença, as Nações Unidas disseram neste mês que as mortes globais por aids caíram um terço desde 2010, chegando a cerca de 770.000 em 2018. Mas alertou que o declínio nas taxas de novas infecções está diminuindo em todo o mundo e, em algumas regiões, incluindo o Leste Europeu e o Oriente Médio, as taxas estão aumentando dramaticamente. Robertson disse que o implante, ou mesmo uma pílula mensal contendo o mesmo ingrediente ativo, poderia fornecer mais opções para as comunidades em risco. "As pessoas que estão em maior risco são populações diferentes - por exemplo, homens que fazem sexo com homens ainda são o grupo que tem a maior taxa de novas infecções nos EUA e na Europa", afirmou. "Mas, globalmente, a maior taxa de incidência é em mulheres jovens na África subsaariana e este é outro grupo onde a maioria das novas infecções está ocorrendo". Anton Pozniak, presidente da International AIDS Society, disse que o implante "oferece outra opção para aqueles que podem no futuro também ter pílulas e injetáveis disponíveis" para prevenir a infecção. Novas vacinas Nesta terça também foi apresentada uma nova análise revelada em um recente estudo clínico sobre a segurança e a tolerância de uma vacina contra o HIV. O ensaio de fase 2 foi realizado no Quênia, Ruanda e Estados Unidos entre adultos saudáveis, de baixo risco e HIV negativos. Os resultados iniciais mostraram que as vacinas foram bem toleradas entre os indivíduos. Um ensaio de fase 3 está agora em planejamento. "Estes são tempos muito promissores na pesquisa de vacinas contra o HIV, com múltiplos ensaios clínicos de eficácia em andamento, novas abordagens no desenvolvimento e uma sensação crescente de que podemos estar nos aproximando de uma vacina eficaz", disse Roger Tatoud, diretor da Global HIV Vaccine Enterprise.

Fonte: AFP

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