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29/05/2019 07:34h - Brasil - Saúde

Síndrome de burnout ainda não é reconhecida como doença pela OMS

Síndrome de "burnout" continua não sendo reconhecida como 'doença' pela OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o 'burnout' é um "fenômeno ligado ao trabalho" e não uma doença, declarou nesta terça-feira um porta-voz, ao apresentar novas explicações sobre o que foi anunciado na véspera pela agência especializada da ONU. Na segunda-feira, a OMS indicou que o 'burnout', um conceito comumente traduzido como "esgotamento profissional", havia sido incluído na nova Classificação Internacional de Doenças. A lista é baseada nas conclusões de especialistas de todo o mundo e é utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. Mas nesta terça-feira um porta-voz se pronunciou para fazer uma correção e explicou que o 'burnout' já estava na classificação precedente, no capítulo "Fatores que influenciam a saúde". "A inclusão neste capítulo significa precisamente que o 'burnout' não é conceitualizado como uma condição médica, mas como um fenômeno ligado ao trabalho", escreveu o porta-voz em nota enviada à imprensa. Ele precisou que apenas a definição do 'burnout' "foi modificada à luz de pesquisas atuais". O problema foi descrito como "uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito" e que se caracteriza por três elementos: "sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida". O registro da OMS explica que o esgotamento "se refere especificamente a fenômenos relativos ao contexto profissional e não deve ser utilizado para descrever experiências em outros âmbitos da vida". A nova classificação, chamada CIP-11, publicada ano passado, foi aprovada durante a 72ª Assembleia Mundial da OMS e entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2022. A Classificação de Doenças da OMS estabelece uma linguagem comum que facilita o intercâmbio de informações entre os profissionais da área da saúde ao redor do planeta.

Fonte: AFP

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