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29/07/2021 07:00h - Rondônia - Saúde

TCE avalia decisão que pode acabar com obras do HEURO

Rocha deixou claro que há também outras forças agindo para que o Heuro não saia do papel - Foto: Assessoria

O caso Heuro continua na pauta. Primeiro, por resultado de uma longa entrevista, concedida pelo governador Marcos Rocha ao apresentador e jornalista Everton Leoni, no programa SIC News, nesta última segunda-feira, em que o Governador falou, com todas as letras, que a intervenção do Tribunal de Contas do Estado, depois que todo o projeto já estava em andamento, tinha claro viés político. Não deu nomes, mas afirmou que familiares de políticos interessados em que o projeto não ande e que atuam no TCE-RO, estariam participando da tentativa de inviabilizar a obra. Rocha não deu nomes, mas nos bastidores, todos sabem a quem ele se referia. É assunto público e notório. Não há quem, nos meios da nossa conturbada política, que não saiba disso. Rocha continuou sem citar nomes, mas deixou claro que há também outras forças agindo para que o Heuro não saia do papel. Do outro lado da moeda, o conselheiro Valdivino Crispim, que deu um parecer destroçando tudo o que o governo já fez para tentar construir o novo hospital, não está sozinho. Na terça, o presidente do Tribunal, conselheiro Paulo Curi, ao lado do ex-presidente e um dos nomes mais respeitados da instituição, o conselheiro Edilson Silva, numa coletiva à imprensa, deixaram claro que o tribunal concorda com a posição de Crispim. Participaram ainda do encontro com jornalistas, o procurador geral do Ministério Público de Contas, Adilson Moreira e o secretário geral de controle externo do TCE, Marcus Santos Filho. Embora tenha estado silente durante todo o processo liderado pelo Governo do Estado e, mais ainda, durante os 75 dias em que o edital de leilão estava liberado ao público, para eventuais contestações, o TCE do Estado esperou que tudo estivesse pronto, para só então intervir e interromper todo o processo. Nas alegações, vê-se que há tantas irregularidades, tantos malfeitos, tantas suspeitas de risco de roubalheira do dinheiro público, que, supõe-se, todos os envolvidos no projeto vindo da administração estadual ou são desonestos ou são de uma incompetência atroz. Pelo menos é o que se deduz da duríssima decisão do conselheiro Crispim, agora avalizada publicamente pelo Tribunal, como um todo. No final das contas, fica claro mesmo é que o grande prejuízo será, novamente, da população rondoniense. Ela é enrolada há 30 anos, por políticos, mandatários, instituições, entidades, enfim, por todos que teriam a responsabilidade de, nesses anos todos, terem dado um jeito de construir um Pronto Socorro decente para a Capital e nunca o fizeram; Agora, outra vez corremos o risco de ficar sem o hospital. A única coisa boa nisso tudo é o peso da História. Ela é implacável, como tem sido com os que nada fizeram para termos um hospital de qualidade. Que seja contada com todos os seus detalhes, às futuras gerações. Que, pelo jeito, elas também não terão Pronto Socorro algum, na maior cidade do Estado.

Fonte: Sérgio Pires

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