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04/07/2022 09:16h - Brasil - Saúde

Terceira dose é necessária para combater as variantes da Covid, diz infectologista

Infectologista chamou a atenção de que o aumento do número de casos no Brasil é “muito maior” do que o reportado - © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

O Brasil vive uma nova onda de Covid-19, segundo o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Em entrevista à CNN Rádio, ele chamou a atenção para o fato de que “não estamos registrando a totalidade de casos, e há cada vez mais subnotificação, com as pessoas testando menos ou não reportando resultados de autotestes.” “O aumento de casos é muito maior do que o reportado, todos nós conhecemos pessoas que estão com Covid-19, é um momento de maior circulação”, ressaltou. Kfouri afirmou que o aumento também se reflete nos números de internações e mortes. “Voltamos ao patamar de 6 mil mortes por mês, e chegamos a reduzir para 3 mil, aproximadamente.” Segundo o diretor da SBIm, a maior dificuldade neste momento é a “compreensão de que o esquema primário de vacinação é de 3 doses.” “Temos boa parte da população somente com duas doses, mas, para a atual variante, a Ômicron, com as subvariantes b.a.4 e b.a.5, duas doses não são suficientes para proteção adequada”, completou. O infectologista defende que, além de incentivar a vacinação com esquema completo, incluindo a quarta dose para quem já está elegível, é importante também “associar as terapias que temos registros, antivirais e anticorpos monoclonais”, especialmente para as pessoas que ficam vulneráveis mesmo com a vacina, a exemplo de transplantados e quem tem mais de 80 anos. “Temos antivirais que funcionam, têm registro, mas estamos demorando para atender a população mais vulnerável.” Renato Kfouri também alerta que não é possível banalizar o número de mortos diariamente pela Covid-19. “Quando passamos de nível de 4 mil mortes por dia, para 200 mortes, parece sensação de tranquilidade, e tem se refletido no comportamento, como falta de uso de máscara, é um risco enorme, nenhuma doença infecciosa e prevenível por vacinação tem esses números”. Por Amanda Garcia
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Fonte: CNN Brasil

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