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23/06/2021 07:09h - Porto Velho - Sérgio Pires

A sucessão estadual fervilha nos bastidores, com conversas, acordos e muitos nomes

Opinião de Primeira por Sérgio Pires.

Enquanto a sucessão presidencial já está nas ruas, com apenas dois nomes em condições de irem ao segundo turno, caso a disputa fosse hoje, em Rondônia as alternativas ainda estão na fase da costura, com nomes certos e nomes possíveis na corrida pela sucessão estadual. Dois deles já estão certos no cenário político para 2022: Marcos Rocha, que vai à reeleição e Marcos Rogério, o senador do DEM que está se destacando em nível nacional. Enquanto o Governador rondoniense ataca os 52 municípios com obras e parcerias, além de mudar a estrutura das rodovias, o senador cresce na CPI do Circo, apelidada de CPI da Pandemia, que também é CPI da Cloroquina e, por último, virou CPI da Copa América. Ambos têm apoio do presidente Jair Bolsonaro. Rocha anda conversando com pesos pesados da política rondoniense, sem alarde, mas caminhando para formalizar uma grande aliança em torno do seu nome. Já tem acordos fechados e outros em andamento. Pouco se sabe sobre o andamento dessas conversas, na medida em que elas ainda estão na fase de “quanto menos se falar publicamente, melhor!”. Já Marcos Rogério espera contar com o apoio do grupo tucano, a começar pelo prefeito Hildon Chaves, ampliando-se para outra liderança incontestável em Rondônia, o ex-senador Expedito Júnior. No mesmo grupo, devem estar a deputada federal Mariana Carvalho. Uma das maiores lideranças políticas do Estado anda conversando muito com Marcos Rocha e, lá na frente, não será surpresa se ambos caminharem juntos. Vários prefeitos também já estariam “fechados” com o governador. Publicamente, contudo, o único que já se posicionou foi o jovem João Gonçalves Júnior, de Jaru. Na nominata tucana, o que se fala é que Hildon abriria mão de concorrer ao governo, para apoiar Marcos Rogério e poderia disputar o Senado. Mas aí há um obstáculo: seu companheiro de partido, Expedito Júnior, também quer a vaga. Ou seja: as articulações ainda vão longe. Há ainda uma incógnita: Ivo Cassol poderá ser candidato? Se puder, pode mudar todo o quadro! Poucos nomes a mais, ao menos até o momento, aparecem num rol de pré-candidatos com chances reais em 2022. Confúcio Moura, que antes dizia não querer mais postular o Governo, já anda pensando diferente, segundo algumas fontes próximas a ele. Seria o nome do MDB na corrida. Neste momento, com a esquerda ainda fragilizada, Fátima Cleide seria a opção mais forte do PT. O PDT pode oficializar o nome do empresário e senador Acir Gurgacz, que faria sua segunda tentativa de comandar o Estado. Daniel Pereira tem repetido que não quer ouvir falar em candidatura ao Governo, mas sabe-se que na política nada é definitivo. Da Assembleia, nomes como os de Alex Redano e Laerte Gomes são fortes, mas ambos também não falam que a disputa ao Palácio Rio Madeira/CPA esteja em seus planos. Tudo ainda está muito nebuloso na sucessão estadual. Mais para o final do ano é que as coisas vão clarear um pouco mais. Mas é bom destacar: o assunto fervilha nos bastidores da política. HEURO SERÁ CONSTRUÍDO ENTRE O CEMETRON E O TREVO DO ROQUE, PERTO DA BR 364 Finalmente foi decidido! O novo hospital de pronto socorro de Porto Velho, será construído próximo à BR 364, num terreno que ficará entre o acesso ao Cemetron e o Trevo do Roque. Ali, vários terrenos disponíveis estão sendo analisados, embora a compra definitiva ainda não tenha sido escolhida, porque ela o será pela empresa que vencer a concorrência para construir o prédio, no sistema Built To Suit. A aquisição da área e a construção do novo prédio, que levará em torno de dois anos, serão de responsabilidade da empresa, sem qualquer investimento de dinheiro público. Será entregue para uso, com pagamentos mensais e depois de 30 anos se tornará propriedade do Estado, sem qualquer custo adicional. O Heuro será erguido num local de fácil acesso, pela proximidade com a BR, principal ligação da Capital com o restante do Estado, já que várias cidades enviam pacientes para cá. O dinheiro que seria destinado às obras, como a doação do Tribunal de Contas, de 50 milhões de reais, será destinado à compra de equipamentos. A intenção do governo é que as obras comecem em novembro. VIERAM MAIS 80 MIL DOSES. RONDÔNIA RECEBEU 804 MIL VACINAS DESDE JANEIRO As coisas começaram a melhorar, no contexto da chegada de vacinas. Somente neste final de semana, Rondônia recebeu nada menos do que 80.400 doses, totalizando, até agora, 804.428 doses enviadas pelo Ministério da Saúde. Na sexta, foram 16 mil e 400 Astrazeneca e 11 mil Coronavac. No Domingo, mais 53 mil Astrazeneca. Até a terça, contudo, haviam sido registradas oficialmente, pelos números da Sesau, 404.853 na primeira dose e 145.520 na segunda, totalizando 550.373 aplicações. Como no final de semana (sábado e domingo), houve mutirões de imunização, por exemplo, de parte da Prefeitura da Capital, mas também do governo do Estado, imagina-se que esse número dará um salto, quando todos eles forem comunicados e incluídos nos dados oficiais da vacinação. No caso da Prefeitura, o prefeito Hildon Chaves anunciava que, somando-se as doses previstas para a segunda-feira, mais de três mil professores e servidores da Educação seriam vacinados. Já no drive-thru do Estado, no Palácio Rio Madeira/CPA, mais de 800 trabalhadores da área da Educação também foram beneficiados. Com isso, apressa-se o andamento das medidas tomadas para que se permita, o mais rápido possível, a volta das aulas presenciais, tanto nas escolas públicas municipais quanto estaduais. DOIS DECRETOS OPOSTOS. VALE O MUNICIPAL, SEGUNDO O STF Se concordam e trabalham juntos pela vacinação, Estado e Prefeitura da Capital não falam a mesma linguagem em relação à liberação ou não de eventos, festas, shows e funcionamento de bares e restaurantes. Enquanto o decreto estadual liberava quase tudo (o governo voltou atrás na questão de shows e festas com até 999 pessoas e outras medidas), embora com todos os cuidados de prevenção, a Prefeitura emitiu decreto no sentido contrário. O Estado, por exemplo, liberava shows com até 999 pessoas, desde que todos estejam testados e sejam negativados para a Covid, antes da coletiva em que anunciou que estava revogando tais medidas. Já na manhã da segunda, o prefeito Hildon Chaves decretou que shows e festas apenas com, no máximo, 100 pessoas e funcionamento de vários tipos de comércio com a limitação de ocupação de pessoas de 30 por cento para Fase Vermelha; 50 por cento para Fase Laranja e 70 para a Fase Amarela. Qual dos dois decretos valem? O prefeito Hildon Chaves disse que, pela decisão do STF, para as cidades vale o decreto municipal. Nas demais cidades, que não tiveram decretos próprios, vale a decisão estadual. As correções do novo decreto do Estado já estão sendo feitas. ACUSADO DE SER MAIOR DESMATADOR E LÍDER DE GRUPO DE EXTORSÃO PEGA 100 ANOS A Justiça de Rondônia condenou um grupo criminoso que, fortemente armado e utilizando táticas de terror e ameaças contra posseiros de terras, agiu durante longos anos na região de Cujubim e outras áreas do Estado. O líder do grupo, o madeireiro Chaules Pozzebon, considerado o maior desmatador do Brasil, recebeu penas que somam mais de 100 anos de prisão. Dezenas de membros da organização, foram condenados por cobrar pedágio de posseiros, para entrarem nas suas próprias terras e casas, com valores que variavam entre 3 mil e 5 mil reais, agiu durante longo tempo, sem ser importunada. Pozzebon, dono de mais de 120 madeireiras, era acusado de comandar tudo, numa estrutura dividida em grupos, como os que cuidavam do dinheiro, os que dirigiam os projetos de extorsão e terror; os que faziam parte da equipe policial, inclusive com a participação de membros da própria polícia. Era uma máquina de fazer dinheiro, baseada na ameaça e no terror das armas. Quem não pagava o “pedágio” era impedido de trabalhar na sua terra e até de entrar em suas próprias casas. Pelo menos duas dezenas de membros da gangue poderosa receberam penas entre 84 anos e 87 anos de prisão. A condenação é em primeira instância e os criminosos condenados podem recorrer, mas não em liberdade. Permanecerão presos. O fim deste assustador grupo criminoso, certamente causou um alivio a pobres camponeses, que estavam sob o tacão dele. CHEGOU A FORÇA NACIONAL PARA COMBATER O TERROR DAS INVASÕES Por falar em conflitos agrários, numa solenidade realizada em frente ao Palácio do Governo, nesta segunda, foi oficialmente registrada a presença da Força Nacional de Segurança em Rondônia. O presidente Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, atenderam pedido do governador Marcos Rocha, para que as forças federais viessem para cá, principalmente para combater a guerrilha rural imposta pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e outros falsos grupos de sem terra, alguns fortemente armados, atacando e destruindo propriedades tanto no Cone Sul quanto na região de Porto Velho. A violência com que esses grupos atacam; a marca da destruição que ddeixam.; o uso de táticass muito bem organizadas de guerrilha e até a suaspeita de envolvimento no assassinato de policiais, são motivos mais que suficientes para as futuras ações da Força Nacional. Ainda dentro do mesmo assunto e só par não esquecer: vamos entrar no novo mês dos assassinatos de dois PMs, um sargento e um oficial reformado, além da tentativa de morte de um terceiro, tenente da ativa, que escapou por milagre. Ninguém foi preso até agora. GRITOS E SUSSURROS: O QUE ESTÁ ACONTECENDO NOS BASTIDORES DA CÂMARA? Há um clima de preocupação na Câmara de Porto Velho. Vereadores descontentes estariam dispostos a um confronto, por estarem sendo deixados de lado em acordos com a Mesa Diretora. Por enquanto, só se ouve aqui e ali algumas frases soltas e algumas ameaças veladas. Mas o que começou com pequenas arestas que precisavam ser aparadas, foi se ampliando para protestos um pouco mais fortes. Não há nada concreto ainda, afora as ameaças entre muros. Mas, é bom que o presidente Edwilson Negreiros e seus companheiros de mesa comecem a ouvir com mais atenção os gritos e sussurros que têm surgido, antes que a coisa fique mais complicada. Claro que não há qualquer indício e obviamente nenhuma prova, mas já se ouviu pelos corredores até uma denúncia de “rachadinha”. A Câmara da Capital já não é nenhuma Brastemp. Aliás, no geral, sua qualidade é bastante questionável, salvo as exceções se sempre. Portanto, o que menos se espera dela é ainda algum rolo. Se houver algo errado, que se corrija correndo. NAS REDES SOCIAIS, ROCHA ENUMERA PACOTE DE BOAS NOTÍCIAS Quatro eventos, considerados como boas notícias do domingo, foram registrados pelo governador Marcos Rocha nas redes sociais. Ele escreveu nas redes sociais: “chegaram mais 53.760 doses da Astrazeneca. O Governo já entregou mais de 750.678 doses de imunizantes contra a Covid 19 para os municípios”. O segundo: “todos os pacientes que estavam nos corredores do João Paulo II já foram totalmente realocados em novos leitos, para um tratamento com dignidade!”. A terceira: “Leilão marcado para Julho, definirá a empresa que vai começar as obras as obras do novo Hospital de Pronto Socorro, o HEURO, de Rondônia, em Porto Velho. A derradeira boa notícia destacada pelo Governador: “SOS Vacinação da Educação acontecendo, agora, graças a intervenção estadual. A aplicação, seguindo o PNI, é responsabilidade municipal. Porém, o Governo de Rondônia está indo além, inclusive nos finais de semana, a fim de acelerar a imunização”. Das medidas comentadas por Marcos Rocha, sem dúvida a ação imediata de tirar dezenas de pacientes do chão, no João Paulo II, enviando-as a hospitais privados, por conta do Estado, realmente foi uma medida que merece todos os elogios. UM AVANÇO: QUEM ESTÁ FORA DAS PRIORIDADES, JÁ ESTÁ SENDO VACINADO Neste espaço, tem se reclamado muito da vacinação para tantos grupos prioritários, enquanto pessoas que estão fora deles e sem comorbidades. Praticamente todas as doses eram encaminhadas a grupos – alguns estranhamente prioritários – enquanto pessoas abaixo dos 60 anos iam ficando pelo caminho, sem acesso à imunização. Pois isso mudou bastante nas últimas semanas, ao menos em Porto Velho e algumas cidades rondonienses. Na Capital, por exemplo, depois de vacinar pessoas entre 55 e 59 anos e 50 a 55 anos, a Prefeitura já começou a vacinar aquelas que, fora dos grupos de risco e de comorbidades, têm mais de 45 anos. É avanço real. Em breve, provavelmente na próxima semana, é possível que os grupos entre 40 e 45 anos também sejam beneficiados. É o mais lógico e justo. Destina-se a maior parte das doses para atender os que fazem parte do mais eclético grupo de risco já registrado na história do país e da turma da comorbidade, mas é importante que se deixe um percentual para quem não faz parte dos prioritários. É o que está acontecendo agora e o que merece elogios. PERGUNTINHA Você concorda ou não com a decisão da ministra Rosa Weber, do STF, de impedir que os governadores sejam ouvidos pela CPI do Circo, apelidada de CPI da Pandemia, incluindo os que são suspeitos de desvios de milhões do dinheiro destinado no combate à Covid 19?
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Fonte: Sérgio Pires

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