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22/10/2020 06:57h - Porto Velho - Sérgio Pires

CPI da Energisa na reta final e deve pedir o fim do contrato da empresa com Rondônia

Opinião de Primeira por Sérgio Pires

Se depender dos discursos, a vida da Energisa não será nada fácil em Rondônia, a partir da CPI que entra na reta final, na Assembleia Legislativa. Não se ouve, nos meios políticos, praticamente nenhuma voz em defesa da empresa responsável pela distribuição da energia elétrica no Estado. A Energisa até que tenta, através da divulgação de várias notícias positivas distribuídas por sua assessoria e via medidas para se aproximar da coletividade, mas sua imagem torna-se difícil de recuperar pela forma como trata os consumidores, mas, principalmente, pelo preço abusivo em grande parte das contas de consumo de luz. A CPI, presidida pelo deputado de Ariquemes, Alex Redano e pelo representante da Capital, Jair Montes, o relator, deve ser concluída no próximo dia 29, quando serão ouvidos os dirigentes da empresa, mas com poucas chances de reverter o quadro que se desenha: entre outras coisas, a CPI vai exigir o fim do contrato da Energisa no Estado. Nesta semana, pelo menos três deputados federais, entre os mais poderosos da bancada federal, participaram da CPI na ALE. Mariana Carvalho, Mauro Nazif e Léo Moraes aproveitaram o momento para, também eles, descerem a lenha na empresa, unindo suas vozes aos constates protestos que têm emanado de praticamente todos os setores da sociedade. A forma como a distribuidora trata seus clientes e os preços cobrados são, na essência, os grandes adversários da Energisa. Haverá solução? O relatório final será colocado em votação até 10 de novembro, segundo anuncia o relator Jair Montes. Ele afirma que não pode adiantar nada ainda, oficialmente, porque antes de produzir o trabalho final da Comissão, os membros da CPI devem ouvir os dirigentes da empresa, dando-lhes a oportunidade do contraditório. Só a partir daí, então, o trabalho será concluído. Não é necessário ter bola de cristal para se saber que os parlamentares vão exigir, da Aneel, medidas duríssimas contra a empresa, em Rondônia, incluindo-se aí cancelamento do contrato em vigor. O presidente da CPI da Energisa, o deputado Alex Redano, não esconde sua posição pelo fim das relações entre o Estado e a distribuidora de energia. Como a CPI não pode fazer muita coisa, a não ser encaminhar suas denúncias ao Ministério Público, aos órgãos de fiscalização e controle e à própria Aneel, não se tem certeza se haverá o resultado próximo ao que o relatório vai pedir. Mas ficará claro que as relações entre a empresa e Rondônia tendem a se tornar cada vez piores, caso não haja mudança radical na forma como a Energisa está atuando no nosso Estado. Veremos, enfim, no que vai dar. E se vai dar alguma coisa! COMBUSTÍVEL FRAUDADO, IMPOSTOS DESVIADOS Os canalhas não acabam nunca. São cada vez maiores os grupos que fazem de tudo para enganar, roubar, desviar, prejudicar os cidadãos comuns, tirando deles o direito de ter produtos decentes e uma vida melhor. Nesta quarta, mas uma operação em Rondônia, no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Tocantins começou a desarticular uma quadrilha que desviou mais de 538 milhões de reais dos cofres da União, por sonegação de tributos e, pior ainda, fez misturas absurdas no combustível que usamos nos nossos carros e caminhões, deixando para milhões de motoristas a certeza de que os motores dos seus veículos terão duração muito menor do que deveria ter. Uma longa ação, que envolveu a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público descobriu os múltiplos crimes. Na Capital rondoniense, as forças policiais cercaram o Edifício Rio Madeira, no centro, onde agiam os envolvidos daqui. Cadeia nesses desgraçados! COMPARANDO AO RIO, PERDERÍAMOS MAIS 3.268 RONDONIENSES Claro que toda a morte é motivo de lágrimas não só de familiares e amigos, que perdem um ente querido, mas há que se levar em conta que, algumas ações importantes em Rondônia, embora não tenham evitado cerca de 1.427 óbitos até essa semana, salvaram milhares de outras vidas. O percentual de vidas perdidas no nosso Estado está entre os menores do país (se não o menor): 2.06 por cento sobre o total de 69.213 contaminados, quando esta conta foi feita. Para se ter ideia, no Rio de Janeiro, a taxa de mortalidade dos atingidos pela doença chega a 6,78 por cento. Se houvesse ocorrido o mesmo percentual por aqui, teríamos tido, num cálculo simples, exatamente 3.268 a mais do que as cerca de 1.400. O percentual de São Paulo, Rondônia teria registrado mais 1.041 mortes. Em relação aos Estados da região norte, nossos números também foram bem menos agressivos. Se tivéssemos tido a mesma taxa de mortandade do Amazonas, por exemplo, teríamos perdido 554 rondonienses a mais. Em relação ao Mato Grosso, poderíamos ter tido 443 mais óbitos. Comparando-nos com os números do Acre , teríamos perdido mais 143 vidas. Ou seja, mesmo com essa pandemia tenebrosa, por ter agido rapidamente, inclusive antevendo a crise que se aproximava, o governo do Estado, via Secretara da Saúde, evitou que perdêssemos muito mais vidas do que perdemos. VAI ACABAR UMA DAS GRANDES ALAGAÇÕES DA CAPITAL? Enfim, uma obra que pode resolver, de uma vez por todas, as imensas alagações numa região nobre de Porto Velho. A confluência das avenidas Rio de Janeiro com Rio Madeira, durante o período das chuvas da Amazônia, se transforma num verdadeiro rio. Houve várias tentativas de resolver o problema, mas até agora...nada! Neste momento, ao que parece, a Prefeitura está colocando uma canalização diferenciada, já que os canos existentes por ali não dão vazão à água das grandes chuvaradas. Para melhor escoamento estão sendo colocados 80 canos de 600 milímetros, dando apoio aos de 400 milímetros que já existem. As obras vão durar cerca de 10 dias. O local, bem na esquina do prédio do Super Mercado Irmãos Gonçalves, é um dos mais vulnerárias, entre as principais avenidas da cidade, quando chega o inverno amazônico. Na próxima grande chuvarada, saberemos se o serviço funcionou ou se será apenas mais uma tentativa que não deu certo! CENAS PARECIDAS COM ÁREAS BOMBARDEADAS NAS GUERRAS Não parece algum lugar da Síria, durante a guerra que destruiu parte do país? Ou alguma área onde o Estado Islâmico estava escondido e que foi destruído por bombardeios americanos e de seus aliados? Ou uma área de terra arrasada em algum país europeu, saído dos arquivos do passado, na destruição da Segunda Guerra Mundial? Que cada um use a imaginação, mas a mais pura verdade é que a imagem é daqui mesmo, de muito perto de nossas casas, nessa Porto Velho complexa e tão cheia de problemas. É de um conjunto habitacional atirado às traças, mais uma obra abandonada, por questões legais, por rolos, por falta de respeito com a população. Iniciada na época festiva/mentirosa dos governos petistas, que alardeavam o grande programa “Minha Casa, Minha Vida”, a realidade se tornou muito distante das promessas. Centenas de famílias pobres que sonhavam que teriam, enfim, um teto para abriga-las, foram ludibriadas. Na Rua Três e Meio, próximo à BR 364 e na zona leste, esses prédios fantasmas, que podem desabar a qualquer momento, provam o engodo com que agem muitos políticos, ávidos por apresentar soluções para problemas graves só em discursos de tempos de eleição. As explicações são incríveis, a cara de pau é inacreditável, mas a verdade é uma só: alguém levou muita grana e o povão não levou nada... MESMO NA PANDEMIA, AUMENTAM PEQUENOS NEGÓCIOS Não se pode brigar com números e nem ignorá-los. Por isso, tem toda razão Sérgio Gonçalves, o superintendente de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedi) em comemorar o significativo aumento de micro e pequenas empresas no Estado, mesmo nesses tempos assustadores da pandemia. Nos últimos nove meses, segundo dados oficiais, foram abertas quase 600 novas empresas deste porte no Estado, representando um crescimento de 27 por cento em relação aos primeiros nove meses do ano passado. O número de empresas fechadas (1.549) caiu quase 38 por cento. As micro e pequenas representam 94 por cento do total de empresas no Estado. Mesmo com as imensas dificuldades impostas pela crise do coronavírus, aliás, no geral a economia rondoniense continua em crescimento. Além do aumento dos pequenos negócios, durante todo o período da pandemia, o agronegócio puxou para cima os números relacionados com o crescimento. Houve inclusive um aumento na arrecadação do Estado, quando a expectativa no inicio da crise é de que ela poderia afetar o crescimento da nossa economia. PIMENTA MELHORA E TED WILSON ESTÁ IMPUGNADO Na corrida pela Prefeitura de Porto Velho, algumas poucas novidades. Uma delas, notícias das melhores. O candidato Pimenta de Rondônia, pessoa muito querida na comunidade, está melhorando. Internado em estado grave com a Covid 19, no Hospital 9 de Julho, o representante do PSOL conseguiu superar a pior fase da doença, segundo informou sua esposa, a ex vereadora Ruth Morimoto. “Ele está firme. Com a ajuda dos médicos, enfermeiros e toda equipe do hospital, está se recuperando. Ela acrescentou que “sua campanha continua firme, através de sua equipe, centrada como é, desde o início, nas redes sociais, onde tem apresentado suas propostas”. A outra novidade é que a Justiça Eleitoral impugnou a candidatura do ex vereador Ted Wilson, pelo PRTB. Ele teve suas contas reprovadas, como gestor público e está inelegível. O PRTB, contudo, mesmo sem sequer participar do horário eleitoral gratuito, manterá sua campanha. Ted Wilson será substituído pelo vice da sua chapa, Leonardo Severo da Luz Neto. NÓS MORREMOS, ENQUANTO ELES BRIGAM PELA VACINA! Um dos grandes temas nacionais desta quarta foi a decisão do presidente Bolsonaro em não autorizar a compra da vacina chinesa ou de qualquer outra, sem o aval do Ministério da Saúde e da Anvisa. Ao afirmar que sem a autorização dos dois órgãos, a União não vai dispender recursos para a compra da Coronavac chinesa – que o governo de São Paulo quer obrigar a população a utilizar, já que fez parceria com os laboratórios da China que a produzem – Bolsonaro criou mais uma batalha com a oposição. Nas redes sociais, vê-se, abertamente, a grande maioria de comentários a favor da decisão do Presidente. Na grande mídia, dominada pela oposição, novamente o pau cantou contra o Chefe da Nação. Há muito tempo, aliás, que a pandemia deixou de ser tema apenas de saúde pública, para se transformar em mote de confrontos ideológicos e políticos. Nada que o governo faça, presta. Só vale o que a oposição acha que é correto. Bolsonaro adora comprar esse tipo de briga. Enquanto isso, adivinhem quem fica no meio desse confronto, sem saber quem tem razão e quando surgirá a verdadeira vacina salvadora? O povo brasileiro, é claro! PERGUNTINHA Você concorda ou não com o Papa Francisco, que num momento histórico da Igreja Católica, anunciou que apoia o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo? Nota da Energisa: A Energisa preza pela transparência e está aberta a prestar todos os esclarecimentos à população e seus representantes. Desde que chegou à Rondônia, há menos de dois anos, a empresa está comprometida com o desenvolvimento do estado e com a sustentabilidade da concessão. A proposta de parcelamento de débitos da antiga Ceron e da Caerd (concessionária de abastecimento e saneamento) vem sendo negociada há cerca de oito anos, antes mesmo da Energisa assumir a gestão da empresa de distribuição de energia do estado. Os débitos seguem sendo contestados nas esferas administrativa e judicial, conforme prevê a legislação tributária do país. Nesses dois anos, a Energisa realizou um plano de trabalho que inclui cerca de R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura para interligação de sistemas isolados em todo o estado, para aumento da oferta, melhoria da qualidade da energia fornecida e ganhos de eficiência para toda a população. A empresa já incluiu mais de 57 mil clientes que não tinham fornecimento de energia na rede. E, em apenas um ano e meio, investiu muito mais na concessão do que nos cinco anos anteriores. A Energisa reforça o seu compromisso com os Rondonienses e frisa que vem registrando mês a mês melhora significativa nos principais indicadores de qualidade da concessão, que são reportados mensalmente para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte: Sérgio Pires

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