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24/05/2018 07:19h - Porto Velho - Sérgio Pires

Depois dos petistas, são os políticos de outras plumagens que vão para a cadeia

Opinião de Primeira por Sérgio Pires

Será que, enfim, nosso país vai começar a dar uma guinada, ao menos conseguindo diminuir, senão totalmente, ao menos um pouco toda essa sem-vergonhice da roubalheira institucionalizada, que começou há décadas e que só vem piorando, com o passar dos anos? As prisões de vagabundos que se instalaram no poder para nos roubar, em nome de ideologias, de projetos de poder ou apenas por serem ladrões, começam ao menos a apontar para um futuro menos corrupto e menos canalha. Os índices são claros. Agora, há mais um criminoso na cadeia. Depois de Lula, Zé Dirceu, Palocci e os ladrões do PT, começa a fase de mandar para o xilindró políticos de outras plumagens, que também praticaram ilícitos e se adonaram dos cofres públicos. Ao se entregar nesta quarta à tarde, o ex governador tucano de Minas, Eduardo Azeredo, vai começar a cumprir pena, depois de condenação em segunda instância. Ele ainda tem recursos (o que não existe mais nos casos de Lula e seus comparsas), mas a verdade é que um dos homens mais fortes do PSDB, foi condenado a mais de 20 anos de cadeia, por pagar Mensalão a deputados, há cerca de onze anos atrás. A condenação e o início do cumprimento da pena de Azeredo, tanto como nos casos de Lula e outros condenados, são casos sintomáticos. Apontam para um caminho em que o Brasil, um dos países mais corruptos do mundo, está mudando. Lentamente. Em slow motion. A passos de cágado. Mas está mudando. Nem todos os ladrões estão escapando ilesos, como ocorria há bem pouco tempo atrás. Agora, ao menos alguns deles estão indo para a cadeia. Outro que está muito perto das grades é o deputado federal pelo PP, Nelson Meurer. O processo contra ele está no Supremo, por ter foro privilegiado, mas pelo menos dois ministros já votaram contra ele. Caso perca no STF, Meurer perde o mandato e ainda pode ser preso. Mas vem mais: em breve começam a serem julgados os processos envolvendo outro peso pesado da política nacional, o ex governador e senador Aécio Neves. Aécio, que foi a esperança do país contra o domínio esquerdista, mostrou-se muito bom de discurso, mas ótimo também para cometer ilícitos. Ainda não tem condenação, mas em breve seus atos serão julgados. Se ele cometeu mesmo todos os delitos (ou apenas parte deles) dos quais se ouve, lê e vê na mídia, vai também pagar muitos anos de prisão, como os demais que, travestidos de políticos honestos e preocupados com o povo, usaram o poder apenas para se locupletarem. Pelo visto, a Justiça brasileira começou a agir com rigor, como não o fazia há décadas. Tomara que ela ponha o maior número de bandidos possível atrás das grades, sejam do PT, do PSDB, do PP, do PDT, do PSB ou qualquer outra sigla. Que se faça uma higienização total na política brasileira! E que o eleitor ajude, porque se ele continuar votando nessas tranqueiras, não vai adiantar a limpeza geral que a Justiça está fazendo. VIVA A CASA DA MÃE JOANA! A Casa da Mãe Joana em que se transformou a BR 364, que é fechada até porque alguém não gostou da derrota do Flamengo (exagerando um pouco, é claro!), vive novamente dias da mesma baderna a que já estamos acostumados. Agora, com protestos dos caminhoneiros, dos mais justos, por causa do pornográfico aumento dos preços dos combustíveis. Obviamente que o protesto é válido, a paralisação também, mas o fechamento de uma rodovia federal, seja qual for e seja onde for, continua sendo crime e um acinte contra o direito sagrado de ir e vir. Na terça à noite e durante a quarta-feira, , motoristas de carros de aplicativos (Uber e Urbano Norte, principalmente), também decidiram aderir ao movimento dos caminhoneiros. O fizeram de uma forma irresponsável e absurda, interrompendo o trânsito não só na BR 364, acesso e saída da Capital, no Trevo do Roque, como também na avenida Jorge Teixeira (BR 319), transformando a vida de milhares de pessoas que estavam voltando para casa ou indo para as faculdades, num inferno total. Alguns motoristas ficaram longo tempo parados sobre o viaduto, sem poderem se mexer. Uma vergonha. Não que os motivos do protesto não sejam os mais justos. São, é claro. Mas fechar as BRs, mesmo que parcialmente e deixar milhares (milhões no país inteiro) de pessoas sem poderem ir e vir, é uma coisa trágica e lamentável. Mas é sempre bom lembrar que neste país, vale tudo! COMEÇA A FALTAR COMBUSTÍVEL Os protestos dos caminhoneiros, com bloqueio de estradas e de ruas, em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, gera muita preocupação a todos os setores, segundo o presidente da Fecomércio, Raniery Araujo Coelho. Ele diz que se não houver acordo e a paralisação continuar, haverá sérios riscos para a atividade comercial em todo o Estado. Segundo Ranyery, “o risco mais evidente é o de falta de combustível.. Em geral existe um estoque para abastecimento de uma semana, mas, dependendo do município os problemas podem ser maiores”, sublinhou. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindpetro), alertou que, caso a paralisação na BR-364 e na Estrada do Belmont, ponto de entrada do combustível, em Porto Velho, continue pode faltar combustível já a partir desta quinta. Segundo a direção o sindicato, já existem algumas regiões do interior de Rondônia que não tem mais combustível, devido a paralisação em vários pontos da BR-364 desde segunda-feira. Com o fechamento da Estrada do Belmont, Porto Velho também entra nessa lista. ESTAMOS LIVRES DA AFTOSA Rondônia tem muito a ver com isso, pelo exemplo que deu ao país, controlando a aftosa no seu enorme rebanho e onde não se constatou nenhum novo caso há cerca de 25 anos. Pois hoje, o Brasil recebe, na França, o certificado internacional de país livre da febre aftosa. Isso representará um salto na comercialização dos nossos produtos de origem animal, com todas as demais regiões do Planeta, com quem temos negócios. O sistema de combate à doença, adotado em Rondônia e em outros estados, começou na segunda metade dos anos 90. Com a criação da Idaron, as sucessivas campanhas de vacinação foram extremamente positivas, zerando os riscos e tornando nosso Estado livre da doença, com vacinação, há algum tempo. Agora, já vamos ser considerados como área de produção de carne bovina, sem risco de aftosa e sem necessidade de vacinação, o que é ainda melhor do que o certificado internacional que o Brasil recebe hoje, através da Organização Mundial de Saúde Animal. A carne brasileira, eventualmente enfrentando dificuldades no mercado mundial, como está nesse momento, tende a ampliar sua presença mundo afora. E a carne de Rondônia também. Já a vendemos para 40 países e estamos prestes a fechar um grande acordo com a União Europeia. Livres da aftosa, no comércio internacional de carnes dará um salto! A ECONOMIA PUJANTE E A POLÍTICA A Rondônia Rural Show registra não só um espetáculo da economia pujante de Rondônia, mas, ao mesmo tempo, um festival de candidatos a todos os cargos eletivos, deste outubro que se aproxima. Lá estiveram o governador Daniel Pereira (que pode sim, concorrer à reeleição); o presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, já confirmado como o nome do MDB à sucessão; Acir Gurgacz, o senador da cidade; Ivo Cassol, Expedito Júnior, Mariana Carvalho (que pode ser candidata!) e vários nomes dos pequenos partidos que sonham também com o Palácio Rio Madeira/CPA. Os pré candidatos ao Senado marcaram presença, começando pelo ex prefeito da cidade, que saiu consagrado do cargo, Jesualdo Pires e passando por Confúcio Moura, Valdir Raupp, Aluízio Vidal e vários outros menos cotados, até agora. A relação de pré candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, que por lá estiveram, poderiam lotar vários ônibus da Eucatur. A Rondônia Rural Show é um espetáculo resumido da economia de Rondônia e os caçadores de voto não podem deixar de aparecer por lá. CONVERSAS DE BASTIDORES Toda a estrutura principal do governo do Estado se mudou para Ji-Paraná, na feira que começou nesta quarta e vai até sábado. Daniel Pereira tem visitado os empresários e expositores, mas falado também com praticamente todas as principais lideranças do Estado. Nesta quinta, a atração política será a sessão itinerante da Assembleia Legislativa, comandada pelo onipresente Maurão de Carvalho, que consegue estar em vários lugares no mesmo dia, na sua corrida em direção ao Governo. Enquanto na exposição e feira o tema principal são negócios, vendas, comércio de produtos, produção e toda a enorme estrutura do agronegócio, responsável pelo maior percentual do PIB de Rondônia, a política rola solta em todos os bastidores, ainda mais em ano de eleição. Nas conversas, o que mais se houve ainda são dúvidas em relação aos nomes de Ivo Cassol e Acir Gurgacz. Os dois poderão mesmo concorrer? Aliás, entre os produtores, é notória a popularidade do ex governador e hoje senador Cassol, que deixou sua marca no setor. Gurgaz também é bem cotado naquela região e Maurão é o nome que mais tem crescido. Os tons dos assuntos sobre a política local, na feira, são esses. Mas temas nacionais também andam na pauta, em Ji-Paraná. BRUTALIDADE CRESCENTE Assassinatos brutais. Assaltos e tiroteios. Maridos matando mulheres, as ferindo gravemente ou as agredindo. Bandidos em motos assaltando nas paradas de ônibus, nas ruas, nos bairros, roubando celulares e tudo o que o pobre porto velhense atacado possui nos bolsos. Cada vez mais jovens morrendo no trânsito. Vários feridos gravemente, alguns com membros amputados, pela violência das colisões. Duas dezenas de bêbados ao volante flagrados nas blitz da polícia. Brigas de vizinhos. Bate boca no trânsito. Falta de respeito. Falta de paz. Estamos vivendo tempos conturbados, por essa Rondônia, repetindo apenas o que está acontecendo em outras regiões do país. Proporcionalmente, nossa violência tem escala maior, porque somos pouco mais de 1 milhão e 700 mil e o número de ocorrências é crescente. Os registros de todos os finais de semana são assustadores, principalmente em casos de crueldade e violência. Para alguns criminosos, não basta matar. Tem que trucidar. E ainda, todos nós, temos que conviver com os lamentáveis discursos de defesa dos direitos humanos dos bandidos. Haverá alguma solução à vista? Tudo indica, infelizmente, que não! PERGUNTINHA Na sua opinião, depois de Lula, José Dirceu, Palocci e Eduardo Azeredo, qual o próximo político condenado por roubalheira do dinheiro público que deve ir para o xilindró?
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Fonte: Sérgio Pires

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