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24/01/2019 07:31h - Porto Velho - Sérgio Pires

Guajará não aguenta mais viver sob o tacão de leis que isolam 92 por cento do seu território

Opinião de Primeira por Sérgio Pires

A coisa está ficando preta. Produtores rurais que estão em áreas consideradas de proteção ambiental (são tantas em Rondônia que já não se sabe onde pode e onde não pode se usar uma enxada), não suportam mais tanta pressão dos órgãos ambientais, como a Sedam. E reagem. Estão errados, é claro, mas quando ao invés de um ou dois, são mais de 200 os que protestam e atacam um posto de fiscalização, é porque há alguma coisa muito errada. Nesta semana, em Guajará Mirim, uma pequena multidão – entre homens, mulheres e crianças – invadiu um posto da polícia ambiental e da Sedam, retirou de lá à força duas motos que estavam apreendidas e ameaçou incendiar o local. Pneus de duas viaturas também foram cortados. Seis suspeitos foram indiciados por dificultar ou obstar fiscalização, mas os demais saíram sem serem molestados. Avisaram que se continuarem a sendo tratados como bandidos, vão voltar e destruir tudo. A situação continua tensa e pode haver um grande conflito na área. Guajará Mirim é um fenômeno. Não se compreende como se vive numa cidade em que 92 por cento de toda a sua extensão são consideradas áreas de proteção e preservação ambiental. Um dia, a coisa vai explodir. Aliás, já começou... Está portanto, na hora de o governador Marcos Rocha começar a cumprir uma das suas promessas de campanha: rever as ações da Sedam e, sem desrespeitar o meio ambiente,, encontrar soluções que atendam as necessidades de uma população que vive enfaixada em legislações exageradas, como as que dão direito a servidores do Ibama, CmBio e da própria Sedam a incendiar máquinas e equipamentos de produtores, assim como de apreender veículos e equipamentos. Só para se ter ideia, vale a pena registrar alguns números: Rondônia possui 49 unidades de conservação estaduais. Elas são divididas nas categorias de Proteção Integral e Proteção de Uso Sustentável. Entre elas, estão três Parques Estaduais; duas Estações Ecológicas; duas Reservas Biológicas; 21 Reservas Extrativistas; 10 florestas de rendimento sustentável; duas áreas de proteção ambiental, que se somaram, recentemente, a outras onze, criadas no governo Confúcio Moura. Para se ter ideia de quanto de Rondônia é considerada área especial, protegida, dos cerca de 23 milhões e 757 mil hectares, um total de 2 milhões e 208 mil hectares são de áreas intocadas, afora dezenas de outras sob proteção ambiental. Embora a maioria das leis relacionadas com o meio ambiente sejam federais, o governador Marcos Rocha, em campanha, prometeu recorrer ao presidente Jair Bolsonaro, eleito junto com ele, para começar a mudar ao menos os exageros. Um deles é a absurda e inacreditável situação de Guajará Mirim, uma cidade sem futuro, isolada no meio da floresta e sem chances de se desenvolver. A não ser em discursos ideológicos de ONGs e malucos preservacionistas, que defendem, do alto de prédios e do ar condicionado sempre no máximo, que os rondonienses sejam proibidos de usufruir do que é seu. Isso tem que acabar! SÓ UM SUSTO SOBRE A TRANSPOSIÇÃO Foi só um susto, a princípio. Notícias do anoitecer dessa quarta davam conta de que o Tribunal de Contas da União teria determinado a suspensão dos processos de transposição dos servidores de Rondônia para o quadro federal. O procurador do Estado, dr. Luciano Alves, o maior especialista no assunto no Estado, contudo, não confirmou a informação. Segundo ele, a pauta do TCU tratava, apenas, da transposição de servidores dos ex Territórios do Amapá e de Roraima. A decisão atendeu recurso do Ministério Público, contra transposição de funcionários das duas unidades da federação que estavam prestes a receber o benefício serem terem direito a ele, já que entre os que tentaram se habilitar, haveria inclusive os que não precisavam comprovar qualquer vinculo, para poderem ser aceitos na folha de pagamento da União. O processo 034.566/2018-0, que tratou do assunto na reunião de ontem do Pleno do TCU em nenhum momento citava Rondônia, mas apenas Roraima e o Amapá. Mesmo assim, durante esta quinta, certamente os procuradores rondonienses irão se mobilizaram, em busca de mais informações sobre o assunto. Até por volta das 20 horas desta quarta (horário local), era essa a situação. ABAIXO OS FERIADOS NO MEIO DE SEMANA Mais um feriado no meio da semana, com cara de feriadão. Mais um pontapé na área mais sensível dos comerciantes (o bolso), que vivem à míngua, pagando alguns dos maiores impostos do mundo e ainda têm que fechar suas portas, mais uma vez, num dia útil. Não que os 104 anos de Porto Velho não mereçam comemoração. Merecem e muito. Mas não daria para festejar num final de semana, com ampla programação, com envolvimento de toda a comunidade? É isso que dá nessa terra feita para atender interesses de órgãos públicos e seus servidores. Pelo país inteiro, a sucessão de feriados é algo absurdo, anormal, que ajuda a prejudicar ainda mais nossa combalida economia. São feriados nacionais, estaduais, municipais. São feriados religiosos. São paralisações sem fim, causando um grande dano a todo o país e aos setores que precisam produzir para manter a obesidade mórbida do Estado, como instituição. Tem coisas que enquanto não forem mudadas no Brasil, criando uma nova mentalidade, não nos permitirá chegar às transformações que realmente precisamos. Abaixo os feriados no meio de semana! Com exceção, é obvio, de datas como Sete de Setembro, Natal e Ano Novo, além de algumas outras pouquíssimas. TRÊS MULHERES NOS REPRESENTAM Mariana Carvalho (PSDB), Jaqueline Cassol (PP), Silvia Cristina (PDT), Mauro Nazif (PSB), Coronel Chrisóstomo (PSL), Léo Moraes (Podemos), Expedito Neto (PSD) e Lúcio Mosquini (MDB): esses são os nomes que compõem a bancada federal rondoniense na Câmara e que assumirão seus mandatos na próxima sexta, dia 1º de fevereiro. Três foram reeleitos (Mariana, Mosquini, Expedito) e quatro estreiam no Congresso Nacional, incluindo o campeão de votos Léo Moraes; Estreiam também duas mulheres (Jaqueline e Silvia) e o único representante do PSL de Jair Bolsonaro e Marcos Rocha no grupo, o Coronel Chrisóstomo, que pela primeira vez assume um cargo público como político eleito pelo voto direto. Mauro Nazif não é principiante. Embora como Prefeito de Porto Velho ele tenha tido um mandato pífio, foi na Câmara Federal que ele brilhou como político. Para lá volta cheio de vontade de repetir seus antigos mandatos, que o levaram a alçar novos voos na política. Quem conhece Nazif, tem certeza: no parlamento ele é um, positivo e ativo. No Executivo ele é outro, nem perto do que realizou no Congresso. Espera-se muito da nova bancada federal rondoniense na Câmara. MARCOS E CONFÚCIO NO SENADO O Senado também tem estreias, entre os rondonienses. Uma delas brilhou nas urnas na última eleição. Marcos Rogério, do DEM, teve quase 325 mil votos e saltou de um bom mandato na Câmara Federal para uma cadeira do Senado, se tornando um dos mais jovens senadores do país. O mais “garoto” de todos é Irajá Abreu (do PSD de Tocantins), que chega ao posto quando recém completou a idade mínima para o cargo: 35 anos. A segunda vaga ficou com o ex governador Confúcio Moura, que, até perto da reta final da disputa pelos votos dos rondonienses, sempre aparecia em primeiro lugar nas pesquisas. Até que, a pouco mais de 15 dias do pleito, Marcos Rogério deu um salto. Confúcio teve pouco mais de 230 mil votos e correu o risco de ser superado pelo novato em disputas eleitorais, Jaime Bagatolli, do PSL, que chegou a 212 mil votos. Há quem diga que com mais 10 dias de campanha, o empresário de Vilhena poderia ter ultrapassado o ex Governador. Mas isso já é história, apenas. A terceira vaga de Rondônia é do empresário Acir Gurgacz, que com uma estranha e até agora nebulosa condenação, perdeu a disputa ao Governo e está enfrentando graves dificuldades com a Justiça. Saem do Senado dois nomes de destaque nas nossa política, ambos ex governadores: Valdir Raupp e Ivo Cassol. ANOTE OS 24 DEPUTADOS ESTADUAIS Anotem, colem na parede, guardem para não esquecer: os 24 deputados estaduais eleitos, que assumem na semana que vem, é uma mescla de políticos que há anos estão na vida pública e de nomes novos, que eram reconhecidos apenas em suas cidades e eventualmente em sua micro regiões, mas que agora saltam para um mandato de estreia no parlamento, que, aliás, inaugurou sua casa nova nesta terça passada. Por ordem de votação, estão eleitos (e agora todos confirmados pela Justiça Eleitoral): José Lebrão (MDB reeleito); Jean Oliveira (MDB- reeleito); Luizinho Goebel (PV – reeleito); Laerte Gomes (PSDB- reeleito); Lazinho da Fetagro (PT – reeleito); Alex Redano (Podemos- reeleito); Cabo Johnny Paixão (PRB – novato); Adelino Follador (DEM- reeleito), Adailton Fúria (PSD- novato); Edson Martins (MDB – reeleito); Anderson do Singeperon (PROS- reeleito);Ezequiel Neiva (PTB – já foi deputado); Dr. Neidson (PMN – reeleito); Aélcio da TV (PP – reeleito); Cássia dos Muleta (Podemos – novata); Pastor Alex Silva (PRB- novato); Cirone da Tozzo (Podemos – novato); Chiquinho da Emater (PSB); Eyder Brasil (PSL – novato): Rosângela Donadon (PDT) e Geraldo de Rondônia (PSC – reeleito); Marcelo Cruz (PTB – novato); Ismael Crispim (PSB) e Jair Montes (PTC). VERGONHA PARA O JORNALISMO Ah, o desespero da mídia esquerdista com a participação de Bolsonaro no encontro de Davos! É algo incrível como a mídia, dominada e aparelhada pelo petismo e seus seguidores, muda a verdade para torná-la palatável aos seus seguidores. Os exemplos são os mais absurdos possíveis. Talvez o pior deles venha da tradução do jornal El País, um dos mais respeitados da Espanha. A manchete original, em espanhol, diz que “Bolsonaro anima aos executivos de Davos a investir no novo Brasil”. O esquerdismo doentio que compõe a redação que traduz o jornal para o Português, usou como manchete a seguinte frase: “O breve discurso de Bolsonaro decepciona em Davos”. Uma vergonha inominável para o jornalismo brasileiro, que está a serviço da podridão que se adonou do país durante 16 anos e que nela silenciou, sendo por isso cúmplice da roubalheira que se institucionalizou neste país, pelos ladravazes que tomaram conta dos nossos cofres públicos. Todos silenciaram durante os assaltos. Todos estão viúvos do chefe da quadrilha, que cumpre pena na Polícia Federal de Curitiba. E agora querem se travestir de decentes, ao criticar tudo o que o novo governo, que recém começou, está fazendo. Só quem não fez parte da quadrilha ou quem não a aplaudiu e abrigou, tem direito de criticar os erros bolsonaristas. “Eles” não! TOMARA QUE VOLTE LOGO! Muitas despedidas da Assembleia, nesta semana Uma delas, foi a do presidente Maurão de Carvalho, que concorreu ao Governo do Estado, abrindo mão de um sexto mandato praticamente certo no parlamento. Ao se despedir, depois de 27 anos de vida pública, Maurão avisou que sai de cabeça erguida e com a certeza do dever cumprido. Disse que vai se dedicar à agropecuária, sublinhando que, além da política, “a roça é minha outra vocação”. Alvo de inúmeras homenagens, um dos mais importantes presidentes da ALE-RO, que entra para a história como o único eleito e reeleito por unanimidade e por ter entregue o novo e moderno prédio do Parlamento à população, Maurão não fechou as portas para um futuro retorno à vida pública. “Não vou deixar de fazer política, porque gosto de estar com as pessoas e servir a elas”. Há 45 anos em Rondônia, depois de ser prefeito de Ministro Andreazza e ter cinco mandatos como deputado estadual, Maurão quer descansar, viver mais perto da família e se dedicar ao agronegócio. Mas, sem dúvida, Rondônia espera que ele volte à atividade política. O mais breve possível. PERGUNTINHA Como a população brasileira vai conseguir ter informação segura e saber o que é realmente verdade, com tanta parcialidade mandada goela abaixo dos leitores, ouvintes e telespectadores, pela grande mídia?

Fonte: Sérgio Pires

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