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06/05/2021 06:42h - Porto Velho - Sérgio Pires

Há que se compreender o desespero da minoria, ao ver que milhões vãos às ruas dizer sim ao governo

Opinião de Primeira por Sérgio Pires.

Compreende-se o desespero. É também fácil de se considerar o esforço do PSTF, tentando minar o poder central. Do circo de uma CPI político-eleitoreira, tentando de tudo para afetar o governo. Não é surpresa que os que discursam que o atual Presidente não tem legitimidade, mesmo do alto dos mais de 57 milhões de votos, queiram tirá-lo do comando do país antes que voltem as urnas. Porque, pelas demonstrações de apoio de milhões de pessoas, em manifestações não só neste 1º de maio, mas em várias ocasiões, só mesmo através de um golpe muito bem engendrado (que, aliás, está em andamento há vários meses), se impedirá a reeleição de Jair Bolsonaro. Nunca, desde a República, um governante esteve tão abaixo de ataques virulentos da pequena oposição barulhenta e de setores que querem que volte tudo ao que era antes (corrupção, ladroagem, toma-lá-dá-cá, compra de imprensa com milhões e até bilhões de reais e uma ditadura de esquerda, apelidada de democracia) quanto Bolsonaro está, desde antes de assumir. Já se sentiu o que viria pela frente quando ele sofreu um atentado que por pouco não o matou e, pouco depois, o Ministério Público e o Judiciário acharam que o caso não deveria mais ser investigado e que o autor do crime era louco e, portanto, irresponsável por seus atos. Dali em diante, se desenhou muito do que ocorreria no futuro, incluindo decisões esdrúxulas do STF, como a que mudou o sistema de governo do país, que era uma federação e que agora, na pandemia, deu mais poderes a governadores e prefeitos do que ao Presidente da República, aquele mesmo dos 57 milhões de votos. Tudo isso sem que a Constituição, em vigor, fosse mudada, através de uma Constituinte, mas apenas atendendo a interpretações de ministros colocados lá, por aqueles que hoje são réus por vários crimes e que começam a ser soltos, obviamente!! Como o clamor das ruas tem sido ignorados, já que na cobertura jornalística, como não podia mexer nas imagens de multidões nas ruas em apoio ao governo, a mídia apavorada e agora sem grana, criticou o fato de que milhões de brasileiros ignoraram o isolamento social, aquele tranque-se em casa, que, em Nova York, por exemplo, segundo estudos oficiais amplamente divulgados, seria o responsável pelo contágio de pelo menos 76 por cento das pessoas que foram atingidas, por gente que trazia o vírus da rua. Calcula-se que na avenida Paulista, perto de 1 milhão e meio de pessoas tenham participado da manifestação e outras 1 milhão na orla da zona sul do Rio de Janeiro. Ora, com tudo o que se viu Brasil afora, não há como não se compreender (embora se discorde radicalmente), a maneira como a minoria quer acabar com um mandato que a está destruindo. A continuar assim e deixá-lo disputar um segundo mandato, Bolsonaro pode ganhar no primeiro turno e deixar num buraco sem fundo, toda essa gente que não aceita nosso novo Brasil, aquele em que eles não podem roubar mais e nem implantar ditadura de esquerda, como o fizeram em outros países vizinhos. POUCAS HORAS PARA INAUGURAÇÃO DA PONTE DA PONTA DO ABUNÃ Está chegando a hora! Isso mesmo. Depois de décadas de espera e pelo menos seis anos de obras, com vários atrasos, incluindo por erro do projeto inicial, a ponte histórica sobre o rio Madeira, será inaugurada nesta sexta-feira, por volta das 11 horas, segundo o Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. O próprio Presidente divulgou uma Live, anunciando sua presença para abrir oficialmente, uma das mais importantes obras da região norte e, certamente, para todo o Brasil. Bolsonaro cometeu um erro: disse que vai inaugurar a ponte “sobre o rio Abunã”, quando se sabe que é sobre o Rio Madeira, ligando por terra todo o restante do país, do extremo sul, na fronteira com o Uruguai, passando pelo Acre e integrando-nos até o Pacífico. Se não houver mudança de última hora, a comitiva do Presidente e do ministro Tarcísio de Freitas, dos governadores de Rondônia e Acre e, certamente, com senadores e deputados federais rondonienses, sai do aeroporto de Porto Velho por volta das 10 horas da manhã. Dali, todos seguem de helicóptero até a ponte. Já na parte da tarde, ela estará aberta, para receber em torno de 1.500 veículos/dia. VIERAM MAIS DE 90 MIL DOSES EM DEZ DIAS. MAS NÃO CORONAVAC Mais de 90 mil doses em menos de 10 dias. O número é significativo, porque Rondônia vinha recebendo lotes para imunizar sua população, de poucos milhares de doses. A partir dos últimos dias, a situação começou a melhorar um pouco, com a entrada do mercado de um grande número de vacinas Oxford/Astrazeneca, que começa a ser usada agora em milhares de pessoas, principalmente na faixa etária acima dos 60 anos. A expectativa agora é para a chegada de pelo menos 3 mil doses de Coronavac, para concluir o programa de vacinação da segunda dose para as pessoas que tomaram a primeira há mais de um mês e que correm o risco de perderam o poder de proteção da vacina, já que, sobre a Coronavac para a dose final, ao menos até a noite desta quarta-feira, pelo menos, não se tinha notícia. Havia, contudo, uma expectativa tanto da Sesau quanto da Agevisa daqui, de que o Instituto Butantã liberasse milhões de novas doses da Coronovac exatamente nesta sexta, dia 7, para complementar a dosagem da imunização em todo o Estado. Mas de oficial, nada ainda. ALÉM DA CAPITAL, MAIS ONZE CIDADES SEM A SEGUNDA DOSE Só para atualizar as informações, pelo menos 12 cidades, incluindo a Capital rondoniense, interromperam a vacinação da segunda dose da Coronavac, por absoluta falta de vacinas. Milhares de pessoas estão esperando, desde o último dia 27, terça-feira da semana passada, pela dose que pode imunizá-las definitivamente contra o vírus, mesmo que seja ainda sem certeza absoluta de que isso ocorrerá. As cidades sem Coronavac, até esta quarta: Porto Velho, Ariquemes, Candeias do Jamari, Jaru, Vilhena, Alvorada do Oeste, Cacoal, Rolim de Moura e Espigão do Oeste, Colorado do Oeste, Cerejeiras e Cabixi. Na Capital, há a maior falta: 17 mil vacinas para a segunda dose não chegaram até agora e toda essa gente está esperando há mais de uma semana, depois do prazo agendado. Todas essas cidades seguiram orientação do Ministério da Saúde, que em três lotes orientou que todas as Coronavac fossem usadas apenas para a primeira dose. O erro foi de lá. NO ESTADO, AINDA É ALTO O NÚMERO DE VIDAS LEVADAS PELO VÍRUS O número de contaminações diárias continua alto, mas já baixou na faixa de cerca de 30 por cento em relação aos piores dias da segunda onda da Covid 19 em Rondônia. Em relação à média de mortos todos os dias também é extremamente preocupante, apesar de ter havido uma queda que superou os 50 por cento em alguns dias, mas ficou em torno de 30 por cento a menos, no geral. Já superamos os 215 mil atingidos pelo vírus, mas, do outro lado da moeda, comemoramos que deste total, mais de 203 mil tenham se recuperado, numa média acima de 94,5 por cento de rondonienses que se livraram do vírus e, espera-se, não sejam atingidos novamente. Preocupam muito as quase 5.300 vidas perdidas, num percentual mais alto (2,45 por cento) do que a média nacional, que está em torno de 2,70 por cento de óbitos. Todos os dias, perdemos pessoas queridas, como foi o caso da jornalista Cléo Subtil, que foi levada pelo vírus nesta quarta. Cléo era muito querida entre os jornalistas e sua perda foi muito lamentada. Semanas atrás, o marido dela também já tinha falecido com a doença. O casal deixa três filhos órfãos. ASSEMBLEIA COMEÇA A MUDAR EM BREVE. SAULO PODE ASSUMIR Agora, não há mais o que fazer. É praticamente certo que a Assembleia legislativa terá que cumprir decisão definitiva da Justiça e encerrar o mandato do atuante deputado Edson Martins, um dos mais importantes nomes do MDB no interior rondoniense. Condenado em todas as instâncias e sem novo recurso possível, o deputado pode perder sua cadeira por um problema de menor tamanho, um erro daqueles considerados quase de amador, quando era prefeito de Urupá, cidade que comandou por dois mandatos vitoriosos. Desde que assumiu seu mandato, em 2009, ele ocupou vários cargos na Assembleia e sempre teve participação elogiosa no parlamento. Nesta semana, a juíza Márcia Araújo Freitas, da Comarca de Alta Floresta, comunicou à ALE sobre a decisão e da perda do mandato do parlamentar, a pedido do advogado e ex juiz eleitoral Juacy Loura Júnior, que representa o ex deputado de Ariquemes, Saulo Moreira, suplente de Edson e que deve assumir em breve. Nos próximos dias, outro caso semelhante, em que também não há mais recurso, pode tirar o mandato do deputado Aélcio da TV, colocando em sua cadeira o suplente Ribamar Araújo. REDANO DIZ QUE ASSEMBLEIA QUER COMBATE AOS ATAQUES DA GUERRILHA A crise no campo, com o avanço de grupos terroristas, usando táticas de guerrilhas em seus ataques, que preocupa o governo rondoniense e as autoridades de segurança, também está na pauta da Assembleia Legislativa. O presidente Alex Redano, por exemplo, protestou com veemência sobre o que está acontecendo e o que ainda pode acontecer. “tenho essa preocupação também, que foi trazida por outros deputados. Tenho recebido muitos pedidos, diversas ligações de produtores rurais, de lideranças de municípios, apontando para o clima de hostilidade e de insegurança no campo. Rondônia já viveu tempos de muita violência por questões de terras e não podemos aceitar que esse medo, esse terror, volte a inquietar famílias de produtores rurais, que estão trabalhando e produzindo o seu sustento", detalhou. Redano acrescentou que "há indícios claros de novas invasões, organizadas por grupos fortemente armados, milícias mesmo! Há denúncias de que esses grupos portam fuzis, metralhadoras e outros armamentos pesados, ameaçando famílias. Isso é assustador, estamos acompanhando de perto e precisamos mobilizar as forças de segurança nesse sentido". O presidente ainda destacou o posicionamento firme dos deputados estaduais, cobrando ações efetivas para coibir essas ameaças de invasões e essa prática criminosa de grupos armados, levando o terror ao campo. A BR CONTINUA MATANDO. FAZ VÍTIMAS QUASE TODOS OS DIAS É notícia de praticamente todos os dias: a BR 364 matou mais um. Ás vezes mata dois ou três. Nesse domingo, mais um acidente tirou a vida de duas mulheres e feriu outros cinco passageiros do mesmo carro que, desgovernado, saiu da pista e bateu numa árvore. As colisões mais assustadoras e o maior número de óbitos têm sido registradas no trecho entre Porto Velho até Vilhena e a fronteira com Mato Grosso. Na região de Jaru a Ji-Paraná se concentram a grande maioria dos casos. Mas há casos gravíssimos, também com muitas vítimas, trecho que nos liga ao Acre, mas principalmente na região na altura do distrito Vista Alegre do Abunã. Foi ali, aliás, o acidente que matou duas pessoas e colocou outras cinco no hospital, neste domingo. Todos tinham acabado de sair de um balneário, quando o motorista perdeu o controle e acabou colidindo em velocidade contra uma árvore. O que se sugere é que se aumente os cuidados, principalmente para quem saiu de balneários, onde muitas vezes há consumo de bebidas e, mais que isso, que seja respeitada a velocidade do trânsito. Há casos em que motoristas “voam” pela perigosa BR. Ela não perdoa qualquer erro. Ela mata mesmo! PERGUNTINHA Você acha que a CPI da Pandemia está mesmo preocupada em defender os interesses da população ou é apenas um circo armado pela oposição contra o Governo?
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Fonte: Sérgio Pires

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