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23/09/2018 18:34h - Porto Velho - Sérgio Pires

Maurão passa Acir e cresce oito pontos. Expedito ainda lidera com folga a corrida ao Governo

Opinião de Primeira por Sérgio Pires

A grande surpresa do final de semana foi dada pelos números do instituto Real Time/Big Data (Rede Record), anunciados na manhã deste sábado, apontando o presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, como segundo colocado na pesquisa ao Governo. Expedito Júnior está com 29 pontos, ainda muito acima dos seus dois concorrentes. Mas Maurão, que chegou aos 17 pontos, está deixando para trás Acir Gurgacz, que ficou com 13. O candidato pedetista realiza uma boa campanha, mas o fato de concorrer sub judice, pode estar influenciando o eleitorado. Além disso, o volume de campanha de Maurão de Carvalho cresceu muito nos últimos dias, com o candidato percorrendo até 12 cidades em dois dias. Expedito Júnior também deu um plus na campanha. Neste sábado de manhã, fez uma caminhada pela avenida Sete de Setembro, em Porto Velho, com um grande séquito a segui-lo. Embora sempre registre apenas uma espécie de fotografia do momento e faltando ainda 15 dias para a eleição, certamente Acir Gurgacz terá que rever sua estratégia, para tentar voltar a ter chances concretas de chegar ao segundo turno. Se a eleição fosse hoje, os finalistas seriam Expedito e Maurão, um quadro que poucos apostavam há um mês atrás. Na primeira pesquisa do Real Time/Big Data, dias atrás, Expedito tinha 26 e subiu para 29. O salto maior, contudo, foi e Maurão, que tinha 9 pontos e cresceu 8, indo para 17 pontos. Acir caiu 1 ponto, da primeira para a segunda pesquisa. Ou seja, em poucos dias, houve uma mudança no quadro, conforme os números do Big Data/Record (pesquisa registrada no TRE, número 08878/2018). Numa projeção de segundo turno, pela pesquisa, Expedito teria 47 por cento contra 30 de Maurão, mas é sempre bom dizer que o presidente da Assembleia Legislativa está em ascensão. Se fosse contra Acir, Expedito venceria por 48 a 28, segundo a nova pesquisa do Big Data. Num segundo turno entre Acir e Maurão, haveria empate técnico: 35 para Acir, 34 para Maurão. Os demais candidatos ficaram muito abaixo dos três líderes. O coronel Marcos Rocha, por exemplo, subiu dois pontos, indo de 5 na primeira pesquisa para 7 nesta de sábado. O jovem Vinicius Miguel, da Rede, saltou de traço para 4 pontos, numa subida importante. Pimenta de Rondônia, do PSOL/PT permaneceu nos mesmos 3 pontos. O coronel Charlon, que tinha 4, caiu para 1. Pedro Nazareno e o Comendador Queiroz não foram citados na pesquisa. Os votos brancos e nulos ficaram no mesmo patamar: de 11 para 10 por cento. Mas o número de indecisos caiu bastante: de 27 para 16 pontos. Tanto o RealTime/Big Data quanto o Ibope realizarão pelo menos mais uma pesquisa antes do primeiro turno. Esperemos para ver o que os novos números vão dizer. SEGUNDA, A DO SENADO... No programa Fala Brasil, na manhã dessa segunda, a Record nacional (aqui, SICTV), divulga mais informações sobre a pesquisa que Big Data realizou no Estado. Dessa vez, os números a serem apresentados estarão relacionados com a disputa pelo Senado. No MDB, a torcida é para que se confirme a liderança bem folgada de Confúcio Moura sobre os demais concorrentes, mas, mais que isso, que Valdir Raupp tenha conseguido se distanciar dos seus concorrentes, na corrida pela segunda vaga. A petista Fátima Cleide ainda aparecerá na pesquisa, já que o levantamento de opinião foi realizado antes da decisão do TRE que, por 7x0, a considerou fora da disputa, por problemas de falta de documentação com seu segundo suplente. Com Fátima fora do páreo (a menos que ela consiga reverter a situação no TSE), a partir de agora a preocupação dos emedebistas passa a ser Marcos Rogério, do DEM; Carlos Magno, do PP e Jesualdo Pires, do PSB e até o Pastor Edésio, que podem crescer ainda, já que para a disputa das duas vagas, o número de indecisos é muito alto. Além disso, não se sabe para onde irão os votos que eram de Fátima. Confúcio e Raupp esperam receberem parte deles, mas o que se fala é que o voto da esquerda poderia ir ou para Jesualdo Pires, do PSB, que tem chances reais ou para o professor e pastor Aluízo Vidal, da Rede, que ainda não passou dos cinco por cento nas intenções de voto. Nessa semana, pesquisas internas das coligações também serão feitas, já excluindo o nome de Fátima, para que os partidos saibam a real situação dos seus candidatos. CONSTRANGIMENTO EM CACOAL Foi um momento de constrangimento, presenciado por grande número de pessoas, numa reunião no Hotel Catuí, nesta quinta, em Cacoal. Lá estavam os candidatos ao governo Acir Gurgacz (PDT), Pimenta de Rondônia (PSOL) e o Coronel Charlon. Também presentes a candidata ao Senado, Fátima Cleide, que horas depois teve sua candidatura indeferida pelo TRE. Lá também estava o candidato a deputado estadual, Manoelzinho do Sintero. O encontro era promovido por professores do sindicato. A presença principal, contudo, foi do governador Daniel Pereira. Quando foi discursar, Daniel disse que iria pedir votos para dois candidatos presentes ao evento. “Quero pedir votos para a senadora Fátima Cleide e para o candidato Manoelzinho do Sintero”, declarou. Todos ficaram esperando que ele também fizesse o mesmo em relação a Acir, o principal nome que comanda, ao Governo, uma coligação em que o partido de Daniel, o PSB, apoiou desde o início. Mas o Governador não citou a candidatura e nem o candidato. Silêncio total. Não foi um lapso ou falha momentânea, porque poderia ter sido corrigida. Foi sim uma situação de constrangimento entre dois aliados até agora. Nos bastidores, aliás, já se ouve que Daniel e Acir já não falam a mesma linguagem. UMA MULHER NO COMANDO Um dos eventos mais esperados da campanha política em Rondônia acontece nesta próxima sexta, entre 17h20 e 19h30, na SICTV/Record. Um debate entre os principais candidatos ao Governo (os seis primeiros colocados nas pesquisas), poderá ser decisivo para a eleição de 7 de outubro. A SIC TV já realizou vários eventos de alto nível, que foram decisivos para que o eleitor optasse por um dos concorrentes. A última eleição municipal começou a se definir, quando o Hildon Chaves superou seus concorrentes no debate. A partir dali, ele saltou à frente e ganhou o segundo turno com folga. Outra particularidade no debate de sexta, dia 28: pela primeira vez na história da política regional, um debate de TV será comandado por uma mulher. A competente jornalista Meiry Santos vai mediar o encontro e, certamente, será uma atração muito especial, pelo ineditismo que sua presença num encontro deste nível representa. O penúltimo debate da série, antes do primeiro turno, acontecerá na noite de 2 de outubro, uma terça-feira, cinco dias antes do pleito, na TV Rondônia/Globo, também com os seis primeiros colocados nas pesquisas. O último, ainda a ser confirmado, será no dia 4, uma quinta-feira, três dias antes da eleição, na Band. SUB JUDICE: 1.400 REGISTROS NEGADOS Não sãp só políticos rondonienses. Em todo o país, cerca de 1.400 candidatos às eleições de 7 de outubro vão concorrer sub judice, aguardando decisões em instâncias superiores que podem confirmar ou não seus registros e seus votos. Todos os que recorreram ao TSE, depois de impugnados ou que tiveram candidaturas indeferidas, poderão concorrer normalmente, inclusive com nome e foto na urna eletrônica. Há, contudo, uma diferença significativa. Nos casos de registros que foram barrados na Justiça Eleitoral, os votos são computados para o candidato, mas não aparecem no resultado oficial, até que todos os recursos sejam julgados. Se o candidato conseguir reverter a decisão, só então seus votos serão divulgados. A diplomação do político em caso de vitória também depende do deferimento de seu registro. Do total de candidatos que ainda não têm seu registro aprovado, 12 são concorrentes ao governo dos seus Estados; 26 disputam o Senado; 462 estão na relação de não aprovados para a Câmara Federal e 855 entre os pretendentes às cadeiras de Assembleias Legislativas. Na medida em que os recursos forem julgados, o número de registros deferidos deve crescer. Em Rondônia, vários candidatos aguardam, preocupados, que o TRE ou o TSE aceitem seus recursos e os permita concorrer. UM ABSURDO APROVADO POR LEI Uma grande operação, envolvendo mais de 100 policiais (Polícia Federal, Polícia Ambiental, Força Nacional de Segurança, Sesdec e outras organizações, foi realizada para combater crimes ambientais na terra dos índios Karipuna, na região de União Bandeirantes. Criminosos que roubam madeira e ate enfrentam a polícia na bala, destroem a natureza e precisam ser caçados e presos. Não há outro jeito de combater esse tipo de crime. Portanto, tudo perfeito. Mas só até a página 2. A partir daí, começa a excrescência legal. Na operação, foram queimados e inutilizados um trator e quatro motocicletas, equipamentos que, se apreendidas, poderiam ser utilizadas em serviços nas comunidades carentes do Estado, onde não há condições de se adquirir veículos desse tipo. O que não se entende é que a lei permite esse absurdo, mas não permite, por exemplo, que veículos usados por traficantes poderosos, que transportam as drogas que destroem milhões de vidas, sejam também incendiados. É um abuso o que fazem os fiscais ambientais e agora a própria Polícia Federal. Pior de tudo é que ninguém protesta contra essa situação vergonhosa. Opps! Ninguém não! Aqui neste espaço, os protestos vão continuar com todo o vigor. Se nenhuma autoridade tem coragem de enfrentar essa aberração, o problema não é desta coluna. “NAZISTA FILHO DA .....” “O que é isso aí? Uma camiseta? Me dá aqui. Olha o que é a cultura de ódio. Um bobinho, que não tem culpa de nada, acabou de criar uma confusão trazendo uma camisa do adversário aqui dentro. Por quê? Porque, por ele, fanático como é, que nem o doido que enfiou a faca nele, acha que política tudo deve ser resolvida assim. Paciência com ele. Tenham paciência com ele. Ele não é culpado de nada. Ele é só vítima desse nazista filho da puta!”. Quem proferiu essas frases, textualmente, com um virulento ataque a uma adversário, com uma ofensa pessoal inaceitável, foi ninguém menos que o coronel Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo PDT. Ele se irritou quando um militante, que apoia Bolsonaro, subiu ao seu palanque com uma camiseta do rival, num comício em Goiânia. Ciro ficou possesso e começou a ofender Jair Bolsonaro, inclusive ofensa contra a mãe do candidato. Ciro tem se notabilizado pelo desequilíbrio e virulência verbal. Sempre foi assim. De vez em quanto, tenta se controlar um pouco, mas, na essência, é o mesmo coronel do passado, que grita, ofende, impõe e não aceita contestações. Tão desequilibrado quando o outro candidato que ele ofendeu, que também pisa na bola. Só que Ciro tem exagerado. O vídeo com suas declarações absurdas viralizou na internet e, certamente, ele perdeu muitos votos. RONDÔNIA FORA, POR ENQUANTO... Por enquanto, Rondônia estaria fora do circuito, mas no norte pelo menos dois Estados (Amazonas e Acre), teriam chances reais de eleger candidatos patrocinados por facções criminosas. Em todo o país, são nove estados onde a Polícia Federal investiga nomes que poderiam estar ligados a facções como o Comando Vermelho. o PCC, Primeiro Comando da Capital e a Família do Norte (FDN), entre várias outras. O delegado de Defesa Institucional da PF, Thiago Borelli, afirmou que há grande preocupação com a possibilidade de grupos criminosos influenciarem as eleições. “Infelizmente, em que pese os esforços para reprimir a criminalidade, a gente percebe que houve um crescimento no poder das facções no país", afirma o delegado federal, resumindo o temor de que a bandidagem se infiltre cada vez mais na política. Membros do PCC e do CV já foram eleitos em disputas passadas. Um caso concreto foi o do prefeito eleito da cidade de Embu das Artes, no interior de São Paulo, em 2016. Mesmo condenado por vários crimes, ele tomou posse. Só foi defenestrado do cargo por abuso de poder econômico, mas não por ser bandido. São assim, as leis brasileiras... PERGUNTINHA A duas semanas da eleição, você já sabe em quem vai votar para Presidente da República, Governador, para as duas vagas ao Senado; para Deputado Federal e Deputado Estadual ou ainda está indeciso?
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Fonte: Sérgio Pires

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