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11/04/2018 07:49h - Porto Velho - Sérgio Pires

Uma relação pífia de presidenciáveis ou nela estará aquele que irá nos redimir?

Opinião de Primeira por Sérgio Pires

Lula está na cadeia, não se sabe até quando. Mas ele está fora da eleição de outubro? De olho na possibilidade de que, sem o petista, todos os demais candidatos virem japoneses, perante o eleitorado (ou seja, sejam considerados todos iguais, no contexto do bom humor brasileiro), pelo menos uma dúzia de nomes já estão postos para entrar na briga. Noventa por cento não tem chance alguma, mas mesmo assim, todos estão lá, apresentando-se como se fossem a grande salvação para todos os problemas do país. Entre as caras novas, destacam-se o empresário Flávio Rocha, do PRB, dono das Lojas Riachuelo e o ex ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, recém filiado ao PSB. E há ainda João Amoedo, do Partido Novo, que avisa ser uma sigla partidária que nada tem de sigla partidária, ao menos dentro daquilo que conhecemos com tal e nos moldes que vivem e sobrevivem todos os demais partidos. Além de Lula, que ainda está na lista, há também Jair Bolsonaro, do PSL: os dois têm liderado todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2018. Na relação, ainda, estão “tranqueiras” como o ex presidente Fernando Collor de Mello, que foi cassado pelo PT e seus aliados e hoje é aliado do PT e de Lula. Outra tranqueira é Guilherme Boulos, do PSOL, um maluco beleza que vive da desgraça dos pobres e se apresenta como um novo líder comunista do país, embora quase ninguém o leve a sério. E tem também o doidão José Maria Eymael, do PSDC que, felizmente, só aparece a cada quatro anos e, também felizmente, desaparece assim que as urnas fecham. Duas mulheres estão na lista. Manuela D´Ávila, do PC do B, uma linda mulher que vive falando besteira, como por exemplo, defender a luta armada e Marina Silva, a representante das ONGs internacionais e que, nas crises, tem o poder espetacular de sumir. A relação dos nomes mais fortes e conhecidos, começa com o tucano Geraldo Alckmin, chamado de picolé de chuchu, por não empolgar ninguém e, mesmo pré candidato há muito tempo, não decola nas pesquisas. É o mesmo caso de Ciro Gomes, que é candidato de si mesmo e empaca em qualquer pesquisa séria que se faça Brasil afora. Chega, correndo por fora, o ex governador do Paraná, Álvaro Dias, hoje no nanico PODEMOS, que se apresenta como um político de biografia limpíssima (e o é!), mas que não consegue conviver com seus companheiros de partido, tanto que já trocou várias vezes. Há, neste pacote, o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Tem a vantagem de ser jovem e a desvantagem de ser o mesmo do mesmo. Por fim, aparecendo como uma luz fraca, mas com potencial, por seu sucesso na economia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. De negativo: ele representa um governo que tem só sete por cento de aprovação. Ou seja: continuemos esperando nosso Salvador. Porque dessa relação aí.... MIRANDINHA DE VOLTA Há alguns meses, o ex deputado federal Eurípedes Miranda, figura das mais respeitadas nos meios políticos, por sua passagem ilibada pela vida pública, disse a um jornalista que estava pendurando as chuteiras, no linguajar inaugurado pelo inesquecível ex presidente Jânio Quadros, quando avisou que estava deixando a política. Mirandinha, contudo, teve que desistir do projeto da desistência. Convocado por seu parceiro e amigo de longa data, o governador Daniel Pereira, ele voltou para comandar um setor nevrálgico do novo governo, que recém começou e que, a princípio deve durar apenas oito meses. O ex deputado assume o comando da Casa Civil, que até agora estava nas mãos de Emerson Castro, um personagem dos mais importantes no contexto da administração de Confúcio Moura, com a missão de aprimorar as relações do governo com toda a estrutura de poder no Estado. Experiência, talento e comprometimento com as causas públicas, Mirandinha tem. Emerson cumpriu seu papel como ninguém. Certamente seu sucessor terá o mesmo sucesso. O DESTAQUE AO TITULAR DA SEDUC Da equipe de Confúcio que ficou no poder, sem dúvida o secretário a quem Daniel Pereira prestou a maior reverência foi a Waldo Alves, o titular da Educação. Ao participar do Papo de Redação na TV, com os Dinossauros, no final de semana, Daniel chegou a afirmar que, não fosse o trabalho de Waldo, Confúcio Moura não teria sido eleito governador e nem ele, Daniel, teria chegado a vice e agora, no comando do Estado. A competência, a dedicação e a fidelidade de Waldo Alves foram sublinhadas várias vezes pelo novo comandante do Estado. Daniel também elogiou a postura correta e sempre preocupada, do secretário, em ajudar a resolver a crise da greve na Educação, que durou 42 dias, lembrando inclusive a forma equilibrada com que ele agiu em todo o processo. Mais que isso, o novo governador rondoniense também destacou a importância do Projeto Gênesis, que está sendo implantado pela Seduc e que vai representar uma revolução na estrutura do ensino e no sistema de educação de Rondônia. Enfim, pelo que tem comentado o novo Governador, Waldo Alves tende a se tornar um dos principais nomes destes restantes nove meses da administração. Ele, aliás, merece os elogios que tem recebido. É competente, sério e dedicado ao que faz. O ELO CHEGA AO AEROPORTO O sistema ELO, climatizado, que leva o passageiro da área de embarque até a aeronave, começa a ser implantado no aeroporto de Porto Velho. É um tipo de finger, daqueles que existem em aeroportos do mundo todo desde os anos 30 e que, só agora, chega aqui para nós. É um avanço, uma melhoria necessária. As obras estão andando rapidamente e em breve o sistema estará funcionando. A má notícia, para quem gosta de aeroportos e aviões, é que, se já era difícil enxergar as aeronaves no pátio de estacionamento do aeroporto, agora se tornou impossível. A Infraero estaria estudando uma forma de possibilitar que os usuários e visitantes, através da construção de um local específico, no alto, pudessem ver, como era no passado, aterrissagens e decolagens das aeronaves, ainda mais que há perspectiva no aumento do número de voos, inclusive internacionais, com a implantação também do alfandegamento no aeroporto. Como é Brasil, não se sabe quando todas as mudanças serão implantadas. Mas ao menos elas estão chegando, vagarosas, mas chegando. Falta ainda consertar o sistema de ar condicionado e principalmente do sistema de som do Jorge Teixeira. No mais, estamos melhorando! ONZE RESERVAS: ERRO CRASSO! Silenciosamente, Daniel Pereira fez várias mudanças no governo, a maioria delas no segundo escalão. Está se cercando de gente sua. Contudo, uma das mais importantes mexidas que deu foi na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental. Ele colocou no comando da pasta Hamilton Santiago Pereira. Osvaldo Pitaluga será o adjunto. Saiu o coronel Sales Machado, um dos personagens do governo de Confúcio Moura que tinha mais adversários dentro e fora da administração. Sales foi quem decidiu criar, na última hora, nada menos do que onze áreas de reserva ambiental no Estado, sem que o assunto fosse discutido com a sociedade e deixando centenas de produtores rurais e suas famílias desesperados. Confúcio embarcou na canoa furada e, poucos dias antes de deixar o poder, assinou o decreto, causando grandes problemas para ele e seu governo. O governador, por isso, acabou passando por vilão no episódio, enquanto os deputados estaduais, que derrubaram o decreto, ficaram como heróis. Foi um dos mais gritantes erros cometidos no apagar das luzes do governo de Confúcio, que raramente errou em todo o período em que comandou o Estado. SALVO POR LULA E POR DANIEL O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, vive dias de angústia um pouco menor, ao menos pela pressão da mídia. A prisão de Lula, ao mesmo tempo em que muda o governo do Estado, com a troca de nomes e todos os últimos eventos colocaram os problemas municipais num segundo plano. Até nesse sentido Daniel Pereira tem ajudado Hildon. O novo governador tomou quase todos os espaços, impedindo que o noticiário negativo sobre o Palácio Tancredo Neves voltasse com mais força. A verdade é que enquanto as chuvas não acabarem, não há como mudar a opinião do porto velhense em relação à administração municipal. Seja ela qual for e seja quem for que esteja no comando, a situação terrível de Porto Velho, com ruas destruídas, com inundação todos os dias, aqui e ali; com ruas e avenidas “floridas” de buracos, sempre acarretará ao governante toda a culpa. Mesmo que o problema seja centenário e que precisem, provavelmente, mais um século para resolver todos os problemas de saneamento da cidade. Tão logo termine o período chuvoso, Hildon quer ocupar a cidade com máquinas, equipamentos e homens, asfaltando tudo o que puder. Até lá, ele tem que continuar torcendo para que notícias como a prisão de Lula e a troca de governo tomem o espaço das duras críticas à sua administração. MINISTÉRIO DE DESCONHECIDOS Você alguma vez na sua vida já ouviu falar de um tal de Rossiele Soares? Pois deveria saber. Ele é hoje um dos principais nomes da República, porque comanda uma área vital para nosso país. Rossiele é o novo Ministro da Educação. E de Esteves Colnago, alguém aí sabe alguma coisa? Importante começar a saber, porque é ele o novo ministro do Planejamento, aquele que tem que prever o futuro, que tem que preparar o governo e o próprio país, para enfrentar suas dificuldades. De Helton Yomura, sem dúvida, os brasileiros sabem muito. Afinal ele é o novo ministro do Trabalho, cargo que, aliás, ocupava como interino há algum tempo. Toda a ironia tem razão de ser. O presidente Michel Temer trocou vários ministros nesta terça, a grande maioria de desconhecidos e, obviamente, ninguém deu bola. Já houve tempo em que ser ministro neste país era importante e dava status. De uns anos para cá, com o loteamento político dos governos, em que muitos dos ocupantes dos cargos não precisam ter mérito algum, a não ser ter ficha assinada em alguma sigla, também nisso pioramos muito. Temos hoje 39 ministérios, a maioria inútil e apenas cabide de emprego para apaniguados. Troca de ministro já foi importante no Brasil. Hoje, é motivo de piada. Lamentável! PERGUNTINHA Michel Temer viaja ao exterior. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, viaja também. Eunício Oliveira, presidente do Senado, viaja também. Por menos de dois dias, teremos a presidente do STF, Carmem Lúcia. Você não gostaria que ela ficasse por muito mais tempo?
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Fonte: Sérgio Pires

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