30/05/2025 14:43h - Ji-Paraná - Geral

Confeiteiro faz escultura com 170 kg de chocolate em tempo real na Rondônia Rural Show

Imagem final é de um jovem colhendo cacau e segurando um controle de drone. Todos os detalhes feitos à mão, sem molde - Foto: Agaminon Sales/g1

Durante a Rondônia Rural Show (RRS), o público tem a oportunidade de assistir uma figura humana inspirada na Amazônia sendo esculpida em tempo real. A obra de arte tem como base 170 kg de chocolate e nasce pelas mãos do confeiteiro Léo Vilela, de 36 anos. "Eu não uso nenhum tipo de estrutura, além do próprio chocolate. Ele é todo maciço. É uma coisa meio física mesmo, para ele se manter nas duas pernas e não cair aqui nesse calor de Rondônia", explica Léo. A imagem final é de um jovem colhendo cacau e segurando um controle de drone na mão, uma proposta para casar com o tema da RRS: Do campo para o futuro. O convite para participar do evento veio da Secretaria de Estado da Agricultura de Rondônia (Seagri). Para resistir ao calor, a escultura fica dentro de uma câmara fria de vidro, a uma temperatura de 16 a 20 graus. Todos os detalhes feitos à mão, sem molde. "Inclusive já me perguntaram isso, se eu já repeti escultura. Não, cada área que eu vou é uma escultura nova, porque é um trabalho único e aí eu faço aqui com os olhos das pessoas acompanhando", comenta o confeiteiro. A peça começou a ser feita na segunda-feira (26), com o início da RSS. A previsão é que ela fique pronta nesta sexta-feira (30) e seja distribuída ao público para degustação no encerramento da feira. Afinal, como diz Léo: "quando tudo acabar ela vai destruir de qualquer jeito com o calor de Rondônia". Léo é confeiteiro, profissão que aprendeu com a tia desde pequeno. Sempre gostou de desenhar e acabou fazendo faculdade de artes. Em 2013 começou a fazer bolos artísticos, fez especializações e até participou de um programa de TV. A partir daí começou a viajar dando aulas e fazendo esculturas em vários países. Em suas obras ele usa três tipos de textura do chocolate: líquido (pra moldes básicos), em pasta (pra modelar com as mãos) e plástico (misturado com glucose, pra fazer detalhes como cabelo). Cada peça grande leva de 3 a 4 dias pra ficar pronta, dependendo da complexidade. Além do talento com as mãos, ele também precisa ter um bom conhecimento da anatomia humana. Mesmo com a complexidade do trabalho e os desafios logísticos, Leo afirma que nunca se frustrou totalmente com uma escultura. “Erros acontecem, mas o público não sabe o que eu imaginei. Então, se não sai exatamente como eu planejei, improviso — e sempre dá certo”, diz. Por Agaminon Sales, g1 RO

Fonte: G1

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