Marcas de café proibidas pela Anvisa têm toxina imprópria para ser humano

As marcas de café Melissa, Pingo Preto e Oficial, que foram desclassificadas recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) por serem impróprias para consumo, tiveram a fabricação e venda proibidas pela Anvisa nesta segunda-feira, 2. A resolução determina a proibição, comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso dos produtos. Além disso, todos os lotes devem ser recolhidos dos supermercados. As inspeções constataram a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para o consumo humano. Essa toxina é produzida por fungos e é encontrada em alimentos, entre eles cereais, grãos de café e vinhos. Ela pode causar problemas renais graves e até a nefropatia endêmica dos Balcãs (BEN), uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal.  Além disso, os produtos apresentaram rótulos irregulares, por conter "polpa de café" e "café torrado e moído" com ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus ou até resíduos. Por isso, eles são conhecidos como cafés "fakes". As análises laboratoriais do Ministério da Agricultura detectaram  a presença de matérias estranhas (pedras, areias ou sementes de vegetais) e impurezas (galhos, folhas e cascas) acima do limite permitido, que é de 1%, segundo a legislação: