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15/03/2021 07:40h - Equador - Mundo

Mulheres indígenas plantam 150 mil árvores para salvar a Amazônia

Associação de mulheres no Equador contou com apoio e suporte de organização não-governamental - Foto: Divulgação/Reprodução.

Plantar árvores beneficia o meio ambiente de inúmeras maneiras, mas o reflorestamento também empodera pessoas e comunidades. Foi exatamente o que aconteceu com os membros da comunidade indígena equatoriana Sapara. As mulheres do grupo plantaram 150 mil árvores para ajudar a restaurar a Amazônia. Os Sapara são apenas um dos vários grupos indígenas que vivem na região amazônica do Equador e conta com menos de 600 membros. No entanto, 120 das mulheres da comunidade resolveram dar um basta ao desmatamento provocado pela exploração do petróleo no país. A ação foi iniciada em 2020 e reflorestou 100 hectares da floresta. As mulheres indígenas contaram com o apoio e suporte da organização não-governamental One Tree Planted, que firmou parceria com a Associação de Mulheres Sapara. Preservação de aspectos culturais Além de contribuir para o bem-estar de toda a comunidade indígena, que tem visto uma grande queda em seus números nos últimos anos, o reflorestamento protege a região, uma vez que a temperatura do solo é diminuída e a erosão evitada. As árvores também auxiliam na conservação de rios, mantendo-os limpos, favorecendo a regeneração da floresta. O habitat de vida selvagem também deve voltar a ser propício para que animais retornem à localidade. Para isto, foram plantadas árvores nativas da região amazônica. Plantas medicinais também foram incluídas, pois são de grande importância para membros de tribos e comunidades indígenas. Devido à pandemia causada pelo coronavírus, a ação foi muito bem recebida pelos Sapara. Muitas das espécies de árvores plantadas pelas mulheres no projeto também é importante para fins espirituais da comunidade. Ou seja, além de ajudar a salvar a Amazônia, a ação também auxiliará na preservação de aspectos culturais da comunidade, que vê o número de sua população diminuir a cada dia, com o avanço do desmatamento e da exploração desenfreada da floresta. Encontro do meio ambiente com os direitos das mulheres A Associação de Mulheres Sapara (Ashiñwaka) foi fundada em 2009 e é liderada por Gloria Hilda Ushigua Santi, que revela a extrema necessidade de proteger os direitos das mulheres indígenas. Ao defender suas terras de invasores e exploradores da floresta amazônica, Gloria afirma que muitas são ameaçadas e intimidadas. A própria líder da associação foi uma destas mulheres, tendo sido perseguida, violentada e ameaçada de morte. Parentes de Gloria foram assassinados por protestar em prol da proteção da Amazônia. Porém, apesar de tudo, a líder da associação e as outras mulheres do grupo não se rebaixaram: em 2015, testemunharam contra o governo por seus atos contra as comunidades indígenas e ao meio ambiente. Com informações da ONG One Tree Planted.

Fonte: Diário da Amazônia

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