“Surreal”, diz líder da equipe que pode desvendar caso Amelia Earhart

A empresa Deep Sea Vision revelou, nesta semana, ter encontrado destroços que podem ser da aeronave de Amelia Earhart, pioneira da aviação nos Estados Unidos que desapareceu durante um voo em 1937. A equipe de exploradores registrou uma imagem inédita de um sonar que capturou um objeto com formato semelhante à nave da aviadora. O registro foi feito durante uma expedição no Oceano Pacífico. Tony Romeu, líder da expedição, descreveu o momento da descoberta como “surreal”. “Foi incrível, foi surreal, sério, mesmo. As pessoas da equipe começaram a gritar, foi um daqueles momentos que você não esquece jamais, e eu me lembro de pensar: ‘Ele (o avião) existe! Ninguém viu esse avião por 86 anos!'”, afirmou Tony em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo (4/2). A imagem captada reacendeu a discussão sobre o desaparecimento de Earhart, considerado um dos maiores mistérios do século passado. Apesar da descoberta, ainda não é possível cravar que os destroços encontrados são mesmo da aeronave da pioneira. Para isso, a equipe deve voltar ao local com uma nova câmera na tentativa de capturar imagens mais nítidas e, quem sabe, retirar o avião do fundo do mar. A expedição deve ocorrer em 2025. “A gente precisa descer lá novamente, tirar fotos das asas, tentar encontrar nelas a numeração R16020, que tem dos dois lados, isso vai ser fundamental”, avalia o líder da expedição. Desaparecimento Amelia Mary Earhart desapareceu durante um voo que pretendia dar a volta ao mundo, em 1937. Ela saiu de Oakland, na Califórnia, Estados Unidos, e chegou a fazer algumas paradas — duas delas no Brasil, em Natal e Fortaleza. O avião sumiu quando seguia em direção à Ilha Howland, entre a Austrália e o Havaí. A pioneira foi declarada morta em 1939, cerca de dois anos após o desaparecimento. Earhart também era escritora e defensora dos direitos das mulheres.