Foi assassinado”, diz colega sobre morte do caminhoneiro envolvido em acidente na BR 364

Em áudios emocionados enviados ontem à FOLHA DO SUL ON LINE, dois motoristas de Vilhena fizeram desabafos após saberem do falecimento do colega de profissão, Dilon F. de Macedo, de 63 anos, que dirigia o caminhão atingido pela ambulância de Vilhena na BR 364, resultando na morte de cinco pessoas, incluindo um bebê que estava na barriga da mãe. Em uma das reportagens sobre a tragédia, este site veicula o vídeo gravado pelas câmeras instaladas em uma fazenda às margens da rodovia federal, e que mostra uma ambulância invadindo a pista subterrânea, atingindo frontalmente a carreta graneleira dirigida por Dilon, morador da cidade de Ji-Paraná. Companheiro de estrada da vítima, com quem estava um pouco antes da fatalidade, o caminhoneiro vilhenense entrevistado disse que Macedo entregou a soja que estava transportando no porto da capital e avisou que só pegaria a estrada no dia seguinte, bem cedo, justamente para tentar evitar acidentes. Acabou se envolveu nas investigações fatais cerca de 15 km do local de onde havia saído. Mesmo em um veículo maior, Dilon sofreu ferimentos graves e foi levado para o hospital João Paulo II, em Porto Velho, onde ficou na UTI por mais de três semanas. Ontem, por volta das 11h, ele não resistiu e foi um óbito em virtude das lesões que haviam sofrido na batida. Segundo um familiar da vítima, seu corpo está sendo velado na Igreja São Judas Tadeu, na saída de Ji-Paraná para Porto Velho, e será sepultado hoje, às 16h. Segundo um dos motoristas ouvidos pela reportagem, o jiparanaense não foi vítima de um acidente de trânsito, “e sim assassinado”. O autor do áudio disse que a morte foi devido a falha do condutor da ambulância. Embora ainda não se saiba o que o levou a mudar de faixa e causou uma tragédia, tudo indica que o vilhenense pode ter dormido ao volante. O outro entrevistado afirmou, também em áudio, que o motorista da ambulância, sepultado em Vilhena junto com um jovem médico que também morreu na batida, havia acabado de chegar de uma longa viagem, e foi obrigado a pegar a estrada novamente.