Operação gera R$ 225 milhões em prejuízos ao crime organizado na Amazônia
As ações, encerradas no início de junho, foram coordenadas pelo Ministério da Defesa para o enfrentamento ao tráfico de drogas e ao garimpo ilegal - Foto: Divulgação
A Operação Ágata 2025, deflagrada em maio pelas Forças Armadas com órgãos de Segurança e Fiscalização, somou cerca de R$ 225 milhões em prejuízos ao crime organizado na faixa de fronteira da Amazônia Ocidental. As ações, encerradas no início de junho, foram coordenadas pelo Ministério da Defesa para o enfrentamento ao tráfico de drogas e ao garimpo ilegal.
Com cerca de 2 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, a missão resultou na neutralização de 34 estruturas para extração ilegal de minério, apreensão de 20 embarcações e cerca de uma tonelada de maconha do tipo skunk, além de 184 kg de cocaína, e a prisão de 13 pessoas. Além da tropa, também foram empregados na logística da operação 81 embarcações, 18 viaturas, 11 aeronaves e dois meios satelitais, com ações em regiões como São Gabriel da Cachoeira e Terra Indígena Vale do Javari, no estado do Amazonas.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (3), pelo Comando Conjunto Apoena, responsável por conduzir as ações. “Os nossos meios, em conjunto com as agências, se posicionaram bem mais próximo da fronteira e nós conseguimos um resultado efetivo contra a criminalidade. As Forças Armadas continuarão atuando no patrulhamento e presença na fronteira, para coibir esses crimes e contribuir com a nossa soberania”, acrescentou o Comandante do Comando Conjunto, Vice-Almirante João Alberto de Araújo Lampert.
Assistência humanitária - A operação também atuou com apoio assistencial e humanitário, prestando serviços essenciais a populações indígenas, ribeirinhas e em áreas de difícil acesso. De acordo com o balanço final, em 76 localidades isoladas atendidas, o número de procedimentos de saúde chegou a cerca de 52 mil. Os medicamentos distribuídos somaram cerca de 134 mil, além de 7,7 mil kits odontológicos. Na Terra Indígena Vale do Javari, os militares trabalharam no resgate aeromédico de seis pacientes em estado grave.
Operação espelhada - Na reta final, a Ágata Amazônia 2025 incluiu uma ação coordenada entre Brasil e Colômbia, na região do rio Puruê, fronteira entre os dois países. A iniciativa conjunta, conhecida como “Operação espelhada”, foi responsável por neutralizar oito estruturas de garimpo no lado colombiano. Cerca de 200 militares brasileiros e colombianos participaram das ações de combate a ilícitos transnacionais.
Integraram a operação agentes do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa; Polícia Federal (PF); Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO); Fundação Nacional do Índio (Funai); Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP); Polícia Civil (PC-AM) e Polícia Militar do Estado do Amazonas (PM-AM).
Operação Ágata Amazônia 2025 - Comando Conjunto Apoena é uma ação estratégica do Ministério da Defesa, autorizada por meio da portaria GM-MD n.º 535, de 29 de janeiro de 2025. O nome “Apoena” vem do Tupi-Guarani e significa “aquele que vê mais longe” ou “aquele que enxerga além do horizonte”, simbolizando a visão estratégica da atuação na Amazônia e o compromisso com a preservação para as gerações futuras.