12/05/2025 08:20h - Ouro Preto do Oeste - Policial

Prisão preventiva do segurança ocorreu na noite de sábado, após monitoramento policial

Testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram que os seguranças chegaram dando golpes de cassetetes no jovens que brigaram dentro do parque, o que teria gerado mais brigas e a pancadaria na portaria - Foto: Reprodução

O segurança Marcio Renê dos Santos da Silva, proprietário da empresa MR Eventos, autor do disparo que atingiu e matou o adolescente João Vitor na madrugada de sábado (10) na portaria e estacionamento externo do acesso ao Parque Expo Show Norte, em frente a Faculdade Uneouro, se apresentou acompanhado de advogados na Delegacia de Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste por volta de 9h30 da manhã. Ele apresentou a arma usada no disparo que tirou a vida do adolescente João Vitor, uma pistola semiautomática Taurus calibre .380, e um carregador alongado com 18 munições intactas, uma foi deflagrada contra o garoto. O pente alongado da arma do segurança comporta 19 balas. O segurança permaneceu na UNISP e após ser ouvido pelo delegado plantonista George Harisson H. Lemos, via Call (videoconferência), foi liberado, conforme determina o Código de Processo Penal, por ele ter se apresentado espontaneamente. Por volta de 12h20, o segurança deixou a Delegacia de Polícia, porém próximo de 21h ele foi preso preventivamente após o juiz plantonista dar despacho favorável ao recolhimento do autor do tiro que matou o adolescente. A prisão preventiva não tem prazo, o segurança vai permanecer preso. VÍDEO - Márcio Renê foi recolhido à Casa de Detenção por volta de 21h15, após realizar exame de corpo de delito no hospital municipal. Assim que Renê deixou a delegacia, meio- dia, o delegado também plantonista Daniel Diniz protocolou o pedido de prisão preventiva do acusado que só saiu no começo da noite. Investigadores monitoraram Renê para não o perder de vista. Ao deixar a Delegacia, o acusado viajou para Ji-Paraná, agentes da polícia também foram para monitorá-lo. Renê voltou para Ouro Preto no fim do dia, talvez não acreditasse que sairia o mandado de prisão contra ele. Imagem - Viaturas da Polícia Civil em Ji- Paraná, durante monitoramento do segurança. O delegado Niki Locatelli, titular na UNISP em Ouro Preto do Oeste, não estava na cidade neste sábado, mas retornou a tarde e se junto aos delegados Daniel Diniz e George Harrison, que é titular da Delegacia Civil de Mirante da Serra, na condução das diligências. A morte precoce do jovem estudante da Escola Estadual Monteiro Lobato, cheio de vida, rodeado de amigos, e talentoso, causa dor e afeta uma geração na cidade, que compartilhava a vida com ele. Este domingo (11), Dia das Mães, será um dia negro para mês, familiares amigos de João Vitor, e sem alegria no coração de muitos jovens na cidade. Pela Lei brasileira o segurança acabou saindo, entretanto, gerando revolta coletiva na sociedade, mas a Polícia Judiciária trabalhou durante todo o dia, testemunhas e envolvidos nas brigas que culminaram no combate entre jovens e seguranças na portaria do clube foram identificados e ouvidos, e investigadores obtiveram novas imagens de câmeras no entorno do parque de exposição. Márcio Renê não foi liberado pela polícia por ter dados seus argumentos durante o depoimento quando se apresentou. "Judicialmente não podíamos segurá-lo, ainda mais acompanhado de dois advogados", explicou o delegado que conduziu os trabalhos ontem na DP. A diferença entre flagrante e apresentação espontânea reside no momento da interação com a autoridade policial. No flagrante, o agente é preso no momento em que comete ou acaba de cometer um crime. Já na apresentação espontânea, о agente se entrega voluntariamente à autoridade, após ter cometido o crime. A apresentação espontânea não caracteriza a prisão em flagrante, mas pode levar à decretação de prisão preventiva ou temporária se houver elementos que justifiquem. No caso de Márcio Renê, os delegados apresentaram argumentos suficiente para o juiz de plantão conceder o pedido de prisão. O delegado Niki Locatelli, que vai conduzir a investigação informou que a Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito e remetê-lo para o Ministério Público oferecer a denúncia contra Márcio Renê dos Santos da Silva, que permanecerá preso, e terá direito a apresentar sua defesa.

Fonte: Correio Central

Últimas Notícias

Notícias relacionadas