O segurança Marcio Renê dos Santos da Silva, proprietário da empresa MR Eventos, autor do disparo que atingiu e matou o adolescente João Vitor na madrugada de sábado (10) na portaria e estacionamento externo do acesso ao Parque Expo Show Norte, em frente a Faculdade Uneouro, se apresentou acompanhado de advogados na Delegacia de Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste por volta de 9h30 da manhã. Ele apresentou a arma usada no disparo que tirou a vida do adolescente João Vitor, uma pistola semiautomática Taurus calibre .380, e um carregador alongado com 18 munições intactas, uma foi deflagrada contra o garoto. O pente alongado da arma do segurança comporta 19 balas.

O segurança permaneceu na UNISP e após ser ouvido pelo delegado plantonista George Harisson H. Lemos, via Call (videoconferência), foi liberado, conforme determina o Código de Processo Penal, por ele ter se apresentado espontaneamente.
Por volta de 12h20, o segurança deixou a Delegacia de Polícia, porém próximo de 21h ele foi preso preventivamente após o juiz plantonista dar despacho favorável ao recolhimento do autor do tiro que matou o adolescente. A prisão preventiva não tem prazo, o segurança vai permanecer preso.
VÍDEO - Márcio Renê foi recolhido à Casa de Detenção por volta de 21h15, após realizar exame de corpo de delito no hospital municipal.
Assim que Renê deixou a delegacia, meio- dia, o delegado também plantonista Daniel Diniz protocolou o pedido de prisão preventiva do acusado que só saiu no começo da noite. Investigadores monitoraram Renê para não o perder de vista.
Ao deixar a Delegacia, o acusado viajou para Ji-Paraná, agentes da polícia também foram para monitorá-lo. Renê voltou para Ouro Preto no fim do dia, talvez não acreditasse que sairia o mandado de prisão contra ele.
Imagem - Viaturas da Polícia Civil em Ji- Paraná, durante monitoramento do segurança.

O delegado Niki Locatelli, titular na UNISP em Ouro Preto do Oeste, não estava na cidade neste sábado, mas retornou a tarde e se junto aos delegados Daniel Diniz e George Harrison, que é titular da Delegacia Civil de Mirante da Serra, na condução das diligências.
A morte precoce do jovem estudante da Escola Estadual Monteiro Lobato, cheio de vida, rodeado de amigos, e talentoso, causa dor e afeta uma geração na cidade, que compartilhava a vida com ele. Este domingo (11), Dia das Mães, será um dia negro para mês, familiares amigos de João Vitor, e sem alegria no coração de muitos jovens na cidade.

Pela Lei brasileira o segurança acabou saindo, entretanto, gerando revolta coletiva na sociedade, mas a Polícia Judiciária trabalhou durante todo o dia, testemunhas e envolvidos nas brigas que culminaram no combate entre jovens e seguranças na portaria do clube foram identificados e ouvidos, e investigadores obtiveram novas imagens de câmeras no entorno do parque de exposição.
Márcio Renê não foi liberado pela polícia por ter dados seus argumentos durante o depoimento quando se apresentou. "Judicialmente não podíamos segurá-lo, ainda mais acompanhado de dois advogados", explicou o delegado que conduziu os trabalhos ontem na DP.
A diferença entre flagrante e apresentação espontânea reside no momento da interação com a autoridade policial. No flagrante, o agente é preso no momento em que comete ou acaba de cometer um crime. Já na apresentação espontânea, о agente se entrega voluntariamente à autoridade, após ter cometido o crime. A apresentação espontânea não caracteriza a prisão em flagrante, mas pode levar à decretação de prisão preventiva ou temporária se houver elementos que justifiquem. No caso de Márcio Renê, os delegados apresentaram argumentos suficiente para o juiz de plantão conceder o pedido de prisão.
O delegado Niki Locatelli, que vai conduzir a investigação informou que a Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito e remetê-lo para o Ministério Público oferecer a denúncia contra Márcio Renê dos Santos da Silva, que permanecerá preso, e terá direito a apresentar sua defesa.