17/02/2023 08:33h - Mundo - Coluna Social
Conheça a marca que criou a bota vermelha gigante e o tênis satanista
O coletivo de arte MSCHF deu o que falar com o novo calçado. Grupo já foi processado pela Nike por tênis feito com o cantor Lil Nas X. Fotos: Divulgação

Outras peças polêmicas À sua misteriosa biografia, o MSCHF pode adicionar que conseguiu chamar a atenção da Nike. O motivo, porém, não foi dos melhores. A gigante esportiva processou o coletivo pela apropriação de um dos seus tênis mais famosos, o Nike Air Max 97. O modelo reinterpretado pela MSCHF, nomeado Satan Shoes (Sapatos de Satã, em tradução livre), foi feito em parceria com Lil Nas X. A ideia era gerar um buzz em torno de Montero (Call Me By Your Name), clipe em que o cantor aparece em um pole dance “descendo” até o inferno. Outra polêmica de 2021 envolveu duas empresas de peso da moda: a marca de calçados Birkenstock e a grife Hermès. O coletivo fez uma brincadeira entre o nome da primeira etiqueta e a Birkin, a bolsa mais famosa da casa francesa. Nasceu, assim, uma sandália Birkenstock feita com couro da famosa bolsa. A ideia do coletivo é subverter também ícones do design. Recentemente, o MSCHF lançou a Times Newer Roman, uma fonte um pouco mais larga que a clássica Times New Roman. O valor do mistério A jornalista Callie Holtermann, do New York Times, definiu a “essência” da marca como “uma rica história de trollar a cultura de consumo, às vezes fazendo novos bens de consumo”. O fato é que pouco se sabe sobre o coletivo. Ainda segundo o veículo, o MSCHF nasceu oficialmente em 2019. A iniciativa é composta por cinco homens, que não definem títulos e/ou funções. São eles: Daniel Greenberg, Gabriel Whaley, Stephen Tetreault, Kevin Wiesner e Lukas Bentel. No site oficial do grupo, também não há informações a respeito de sua atuação. A página funciona como um portfólio de todos os projetos irreverentes pensados pelos cinco integrantes, como produtos da moda até design de posters/embalagens. Podemos especular que a falta de uma “bio” do coletivo garante aos cinco integrantes carta branca para criar livremente, sem se encaixar em definições ou rótulos. A dúvida fica, porém, se a MSCHF quer polemizar para vender ou, de fato, para criticar o funcionamento da moda e do capitalismo. Por Carina Benedetti e Ilca Maria Estevão / Moda Fora dos Padrões






Fonte: Metrópoles